Por um descuido ou erro de cálculo, ele fora plantado próximo às outras árvores e sufocado pelas copas adjacentes, já aos cinco anos de idade, saiu em busca de sobrevivência procurando a luz solar e o ar necessários, quando nos brindava com os seus primeiros frutos naquele momento. Por volta dos seus dez anos, já apresentava um caule visivelmente robusto, e seu imenso peso provocou-lhe um grande arqueamento, que suas folhas já encostavam ao chão. Como não entendo muito de árvores apesar de admirá-las bastante, resolvi evitar o desabamento que poderia decretar-lhe a morte súbita, amparando-o com uma reforçada peça de maçaranduba. O certo é que este meu cajueiro que hoje é quarentão, parece ter voltado aos seus primeiros cinco anos de vida, ainda produz inúmeros e bons frutos, normalmente em março e setembro, todos os santos anos.
As árvores como como nós outros, muita das vezes necessitam de um pequeno apoio, para seguir dando bons frutos. A natureza está aí para nos ensinar.
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