sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

UMA HISTÓRIA QUE CHEGA AOS 82 ANOS

Maiores ícones da cultura izabelense

      O Varadouro da tribo Tupinambá serviu de base ou "caminho" para o seu surgimento. Ainda no Século XIX (1873), Valentim José Ferreira, velho agrimensor e conhecedor de terras amazônidas, após trabalhar no alargamento dessa trilha indígena, recebia a incumbência de dimensionar e lotear o Núcleo Colonial Nossa Senhora de Benevides, que se localizaria a cerca de 30 km a leste da capital Belém. O experiente desbravador trouxe consigo sua companheira de prenome Izabel e inúmeros trabalhadores. Conforme o plano escolheu estrategicamente os lotes 73 e 74 que denominou-se Aratanha ou Boca da Sexta,onde instalou seu acampamento, pela facilidade dos caudalosos igarapés que serviam de transporte de mantimentos e via regular para comunicações. O árduo trabalho estendeu-se ao ano seguinte (1874) e uma vez concluído, recebia os primeiros cultivadores de várias nacionalidades como, franceses, italianos ,alemãs, belgas, suíços, argentinos e um americano. Pouco depois, devida a inospitalidade da região, muitos desistiram. Em seguida chegava um contingente de 800 bravos nordestinos, que uma vez assentados, passaram a desenvolver a novel área agrícola. Quatro anos depois (1878), chegavam mais 12.500 novos agricultores na próspera Colônia que passou a melhor desenvolver-se quando a Estrada de Ferro de Bragança introduzia seus primeiros trilhos alcançando o então povoado de Sta. Izabel em 1885. Daí em diante, nossa terra passou à Vila em 1899, Sub-Prefeitura em 1931 e finalmente Município em 7 de Janeiro de 1934.
     Apesar da mudança do topônimo em 1943 para João Coelho, por força de lei e em homenagem a um ex-governador do estado (que possuía uma linda vivenda nesta cidade, em frente ao hoje estádio Edilson Abreu), tempos depois o povo foi às ruas e muito lutou e reivindicou para a volta do primitivo nome, o que foi conseguido em 1961, através de uma lei que teve o decisivo endosso e o dinamismo do então deputado estadual Geraldo Palmeira e nossa gente além da gratidão a este parlamentar, muito festejou o histórico e significativo acontecimento. 
     Este município hoje no berço, que teve o seu apogeu até os anos 50,isto é, 16 anos após a sua criação, viu-se solapado e vilipendiado diante de uma insólita politicalha, que perdurou por longos 25 anos e que logicamente lhe fez marcar passo ao longo de todo esse período e, ainda abalado, busca pouco a pouco desvencilhar-se do ranço do passado.
    Com sua posição geográfica privilegiada, localizada a apenas 35 km da capital, cortado pela BR-316, com uma área territorial de 717 km2 (terceira da RMB), muitas riquezas naturais a explorar, uma população jovem com excelente formação educacional e cultural, um povo batalhador e hospitaleiro, que naturalmente somados, representam a força de um município que ainda reclama por progresso. 
    Faz-se necessário portanto, que busquemos todas essas reservas primordiais que possuímos, para que tenhamos num futuro bem próximo, o município que sonhamos e merecemos.
   

                                        Viva a nossa terra !
                                        Viva Sta. Izabel do Pará, no seu Dia Magno! 

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