Para sermos sinceros e precisos, o município de Sta. Izabel jamais experimentou ou colocou em prática algo parecido durante todos esses 82 anos de existência. A tônica consistia em chegar-se ao poder e lá resolvia-se as coisas do jeito que elas apareciam, isto é, sem um planejamento futuro e muito menos sem uma base administrativa para os anos subsequentes. Não foram poucas as gestões que deixaram os cofres empoeirados, sem um níquel sequer, porém nem sempre por má aplicação da verba pública, mas por incapacidade gestora. Durante todas essas décadas o município assistiu imbróglios políticos, alguns por questões pessoais e outros com merecidas CPIs, porém os acusados conseguiram escapar "mandrakmente". No mais, a música sempre soou na voz de outros "cantores", porém na mesma toada e no mesmo ritmo, ou seja: administrações que insistem em sobreviver apenas com repasses federais ou estaduais, esquecendo-se que um município com a situação geográfica que possui, há cerca de 40 minutos da capital, com nítidas perspectivas de crescimento -torna-se atraente para grupos de pessoas que residem em municípios adjacentes, naturalmente com menos condições de crescimento que o nosso, fato que veio aumentar drasticamente nossa população. Aí naturalmente que reside o nó górdio para qualquer gestão: vem a necessidade de criar-se novos bairros,
Cremos que muitas pessoas são conscientes de que, o município aumentou substancialmente sua população nas últimas décadas, infelizmente em descompasso com o seu crescimento econômico que não foi levado em conta. E se continuarmos a ignorar essa dura realidade, seguiremos como um município de porte médio, sem nenhuma perspectiva de crescimento e todo gestor será cobrado pelos buracos da rua, alto índice de desemprego, precariedade na saúde, saneamento e segurança para o cidadão -embora se saiba que todos eles têm ou tiveram a máxima boa vontade em solucioná-los.
Conclui-se portanto, que a raiz do problema vem de longe, de um município que nunca se modernizou ou se preparou para o futuro, não se dando conta de que o abrupto gigantismo demográfico iria se esparramar por todo o seu território, sufocando-o e exigindo-lhe mas ações progressistas e palpáveis, diante de uma economia que se restringiu ou permaneceu estagnada.
A absorção de grandes grupos empreendedores, a industrialização e a implantação do turismo, seriam opções de rentabilidade a longo prazo, isto, se começássemos hoje.
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