segunda-feira, 7 de julho de 2014
BARREIRAS A ULTRAPASSAR
Ao longo dos anos temos comentado a respeito do estado calamitoso em que fora atirado o nosso município à partir de 1950. Antes era uma vila promissora, tendo conseguido a sua autonomia face o seu visível desenvolvimento, cuja fundação ocorreu apenas dois anos após a criação do município de Castanhal.
A derrocada veio com a implantação de um regime com viés "coronelista", onde um cidadão da localidade, após arregimentar uma leva de incautos seguidores por meio de favores profissionais, transformava-se em uma pseuda-liderança como deputado estadual, num período de 25 anos, porém sem nenhum compromisso de promover o desenvolvimento municipal. Apesar disso, mesmo que tardiamente, muitos de seus aliados "pularam do barco" e conseguiram neutralizá-lo, para o bem desta terra e evitando assim, o caos generalizado.
Nos anos 70, apesar do desatrelamento daquela falsa e repugnável liderança, surgia um município sem um norteamento, sem perspectivas e órfão de figuras de proa, que lhe fizessem retomar o caminho do progresso, o que sempre fora a sua marca exponencial desde o período de sua emancipação em 1934. Foram portanto duas décadas e meia de retrocesso e ostrascismo e que infelizmente hoje, aos 80 anos de existência, o município ainda sente a repercursão, quando vemos a lentidão do seu desenvolvimento, se comparado com outros, que ainda não completaram sequer 20 anos de fundação.
Obviamente que pesou (e muito), todo aquele processo estagnativo e degenerativo aqui implantado em épocas passadas -no entanto, já se foram cerca de 40 anos e não se consegue vislumbrar um sinal resplandescente de avanço na economia municipal, que a médio prazo lhe transporte ao patamar dos mais desenvolvidos do nordeste paraense.
Apenas como exercício elucidativo, a forma mais clássica de medir o crescimento econômico de uma determinada região, é somar-se tudo aquilo que nela é produzido, isto é, o seu produto interno bruto (PIB), logicamente que onde menos se produz, menos a população tem acesso à saúde, educação, saneamento, transporte e renda condigna para sua melhor sobrevivência. São fatores condicionantes e ideais ao desenvolvimento de um território: a posição geográfica, as riquezas naturais, a extensão territorial, o passado histórico, bem como (e principalmente), o aprimoramento cultural do seu povo. E ainda de uma maneira geral, consiste no aumento em larga escala da atividade industrial, acompanhada de perto da extensão agrícola, o que poderá erradicar o desemprego e reduzir drasticamente as desigualdades sociais.
Não há como concordar finalmente, que exista alguém a se contrapor a essas normas, em se pensando em um município de futuro.
Faz-se todavia necessário um exame de consciência, se temos condições de executar um plano que tenha um conteúdo moldado em linhas mestras dessa natureza ou até mais aprofundado e que realmente seja orientado para o desenvolvimento municipal. Caso contrário, estaremos apenas repetindo o passado e o que é pior: embora inconscientemente, protelando e comprometendo o futuro desta terra.
Em política, somente é possível construir o bem-estar de um povo, com ideias brilhantes, progressivas e desenvolvimentistas - de outra forma, corre-se o risco de enveredarmos pelo improducente e ineficaz caminho do assistencialismo.
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