sábado, 19 de julho de 2014

DUAS IMAGENS, DUAS DECEPÇÕES


     As fotos estão separadas por 64 anos. Acima a Seleção Brasileira de 1950 que fora dirigida pelo ex-craque Flávio Costa e que contava com jogadores de renome (apenas) nacional, como o goleiro Barbosa, Augusto, Juvenal, Bauer, Danilo Alvim e Bigode; estão agachados: Maneca, Zizinho, Ademir Menezes, Jair e Chico. Esta equipe que chegou à Final da Copa daquele ano com o Uruguai, deixava de ganhar o primeiro título, quando perdeu por 2 a 1, calando mais de 100 mil brasileiros no recém construído Maracanã. Muito tempo depois, vários jogadores que participaram do vexame, declararam que o exagerado otimismo, a pressão de alguns políticos e a falta de uma melhor organização, foram os fatores que concorreram para a derrota, no dia 16 de julho de 1950. O detalhe é que, com exceção do goleador Ademir Menezes ( que jogou noVasco e Fluminense), nenhum conseguiu amealhar fortuna com o futebol, hoje todos já falecidos.
    Já a imagem debaixo por ser recente, todos conhecem. Treinada também por um mediano ex-jogador, Felipe Scolari, vemos em pé: Júlio Cezar, David Luis, Fred, Tiago Silva e Luis Gustavo; na frente estão, Oscar, Daniel Alves, Neymar,Paulinho, Marcelo e Hulk. Este grupo de jogadores, após conseguir chegar às Quartas de Final agora em 2014, era esmagado pela eficiência e objetividade alemã, que impusera a maior goleada jamais sofrida pela Canarinho, por 7 a 1, no último dia 8 de julho, num Mineirão (superlotado de esperançosos brasileiros), agora padrão Fifa, onde foram gastos alguns bilhões de reais, juntamente com outros estádios, Brasil à fora. Detalhe: todos os atletas jogam hoje no exterior, com salários estratosféricos (nada contra) e dificilmente têm condições de treinar juntos nem dois meses consecutivos -o que quer dizer que produzimos craques, sem podermos utilizá-los com mais frequência. Fala-se agora, em uma lei que consiga pelos menos restringir a saída de "gênios" da bola do nosso país e a contratação de técnicos estrangeiros. 
    Ora, o nosso futebol nunca precisou disso para chegar ao Penta -não seria como alguns atribuem, a escacez de GÊNIOS, um período maior de treinamento e mais organização, desatrelando o indisfarçável oportunismo político do meio ?
    

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