terça-feira, 29 de julho de 2014

SEM NOVOS EMPREENDIMENTOS, IMPOSSÍVEL


     Se as administrações que ocuparam o Noé de Carvalho à partir de 1975 (quando o município se libertou estoicamente do "vitismo") , passassem a ter como meta ou base de crescimento a busca de novos e grandes empreendimentos, com extrema certeza Sta. Izabel seria hoje uma das mais desenvolvidas na região nordeste paraense. 
    Novamente tomando como parâmetro o vizinho município de Castanhal, que desde a sua fundação apostou neste imprescindível setor da economia e presentemente destaca-se como "modelo". Ali se instalaram além da Companhia Têxtil, outros grupos fortíssimos como a Nestlê a Amazônia Matheus e algumas outras, que contribuiram decididamente para o fortalecimento da base econômica daquele município  - que hoje completa sua invejável produtividade com exportação de aço, fruticultura e massas, dentre outros produtos.
    Famílias tradicionais como os Porpino, Coelho, Lemos, Magalhães, Leite, Bandeira dentre outras, muito contribuiram também no setor comercial e alguns de seus membros tiveram destaque na política com cargos relevantes inclusive em nível federal e dessa vontade harmônica de ver o seu município progredir é que hoje gozam na atualidade do privilégio de serem realmente um Município Modelo.
    Enquanto nós, tivemos que aceitar uma política suja, carcomida e repugnante, onde até os nossos jovens (como nós outros) eram desestimulados a participar do processo político-eleitoral, enquanto o nosso município foi ficando para trás e definhando à cada década. Hoje vive-se da ilusão de alguns "políticos" (alguns carreiristas) que se apegam ao poder a qualquer custo e vendem a falsa imagem, de que o município está se desenvolvendo. 
    O desastre de 25 anos de "vitismo" nesta terra, nos deixou sequelas tão profundas, um descompasso tão imenso, que  infelizmente, hoje, a incompetência do sistema político que veio posteriormente, ainda não reuniu condições de lhe dar novo norte e nem tampouco tranformá-la em um município progressista.
   Atualmente com uma população que já ultrapassou 60 mil habitantes, nosso povo paga dois pecados: o da perversa politicalha que aqui teve curso até os anos 70 e a insensiblidade e inabilidade de outra política que até hoje não consegue dicernir o que é assistencialismo e política progressista  -onde alguns conseguem eleições através de um público alvo, em sua maior parte incautas criaturas -e chegam-se ao devaneio de estarem executando o melhor "projeto" para o município, mesmo com um crescimento quase impercepetível.
    Resumindo, tem-se a clareza que são óbices do passado, porém tem pesado (e muito) nas administrações futuras, ao verificar-se que não há quem consiga administrar bem, com dinheiro na conta do chá, ou com uma receita incompatível com a despesa, o ônus do déficit logicamnete sempre ficará para o próximo gestor.
    É necessário que se tenha clareza que a nossa renda atual não é condizente com a população que possuímos e comprovadamente o nosso crescimento econômico e o segundo menor da Região Metropolitana, justamente em vista da exiguidade de empreendimentos aqui instalados, sem se falar em algumas empresas que se ofereceram para aqui operar e foram inexplicavelmente preteridas.
   O mundo globalizado apenas contempla os melhores investidores e quem não está atento a essas normas ortodoxas de mercado, está fadado ao marcar passo ou à falência.
   Claro que o povo não quer isso, pois pode "afundar" junto com o município ou (se puder), mudará para outras cidades e assim, seremos uns eternos "fregueses" de localidades como Belém, Castanhal, -sem Grupo Yamada, sem fábrica de latinhas e outras indústrias que se ofereceram para aqui expandirem seus negócios e foram ignoradas, quando se propuseram ajudar a desenvolver nossa querida terra, -encontrando resistência de grupos locais que pensam serem "donos do pedaço", formando trustes - o que não sabem que isto se significa impedir o progresso e, é acima de tudo considerado crime. Tudo isso, às vistas de um impassivo ou acomodado legislativo.
   Ou mudamos o pensamento de nossa pálida e insipiente política, ou não iremos a lugar nenhum, nunca.     

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