segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

CONSENSO GERAL


    Em determinados parlamentos, políticos se exaltam, vociferam, interferem em discursos, xingam seus pares e até execram opositores. 
    Já em outros, sem muito o que discutir, prefere-se a política da boa vizinhança,isto é, ninguém reclama ou questiona ninguém, parecendo que as coisas estão caminhando para o pleno sucesso e a cada final de ano festejam solenemente o "dever cumprido".
    Enquanto que na alta cúpula, depois de toda essa "tempestade", vem à luz o consenso geral: reajustar os salários de R$ 27 mil, para R$ 33 mil, cobrindo a inflação de 4 anos, denominada solenemente de IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Acumulado) -o que naturalmente engorda também, os contra-cheques das cúpulas menores, em cadeia. O povo assiste a tudo isso de forma complacente,isto é, conformado ou alheio, sentindo-se culpado ou não, pelo alto custo de vida, vendo o seu salário (que lhe é estipulado e não escolhido por ele), não chegar ao final do mês, tragado pela mesma inflação, que além de perversa, engole seu parco vencimento de forma inominável e sorrateira. Como se o povo também não fosse consumidor e a inflação não corroa igualmente seus ganhos.

    

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