segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

D E M O C R A C I A "DO FAZ DE CONTAS"


   Infelizmente a política em determinados locais funciona mais ou menos assim: juntam-se os principais articuladores de um partido qualquer e inscrevem candidatos da zona urbana ou mesmo rural, cuja credencial exigida é possuir votos -,daí formam-se uma grande corrente cuja meta principal é eleger um prefeito, também já previamente escolhido. Com a maioria conquistada na Câmara do município, o agora Chefe do Executivo, passa a ser o senhor da situação, isto é, consegue administrar e legislar ao mesmo tempo, pois todas e quaisquer propostas e ações (por absurdas que sejam), são incontestavelmente aprovadas pela edilidade que se torna obediente e fiel, logo presa às ordens do gestor e dessa maneira, excluí-se e elimina-se o poder reprensentativo do povo.
 -Existiria alguma localidade que progrida nestas circunstâncias?
    

segunda-feira, 26 de março de 2018

PORQUÊS DE NOSSA MISÉRIA


    No Brasil todos sabemos que existem muitos que enriqueceram à sombra do poder, beneficiando-se com falcatruas de toda sorte, ocultadas pela impunidade. Vários outros ainda buscam a permanência, através de parcerias maquiavélicas, com aqueles que ontem se diziam "adversários", num verdadeiro espetáculo asqueroso, senão criminoso. 
  Pode-se resumir tudo isto, em duas frases de dois participantes dessa comédia vergonhosa e sarcástica, que fez nosso povo mais pobre, enquanto "eles" engordavam suas contas bancárias:

  
 " A corrupção na Petrobras começou com a saída dos militares do poder!" 

 " Nunca ganhei 1 centavo durante o governo dos militares, não havia como ganhar. Não havia brecha para propina, Dr...!"


-Precisa mais explicações?

sexta-feira, 23 de março de 2018

QUE MUNICÍPIO QUEREMOS?


     Sem querer enaltecer de forma exagerada, mas as gerações passadas deram uma substancial colaboração para o engrandecimento desta terra -mesmo a despeito de uma grande maioria ainda não possuir uma formação adequada ou uma instrução condizente para tal, naquela época. 
    Depois de ter assistido a quase aniquilação de sua terra por 30 anos, aquela gente reagiu heroicamente e de forma gradual, devolveu ao povo um município que se encontrava devastado, sem a menor perspectiva de desenvolver-se, sem norte e muito menos visibilidade externa. Durante esse período crucial (1950 a1980), foram feitas várias tentativas de enfrentar a despropositada situação, quando grupos de verdadeiros izabelenses reuniam-se de forma pacífica e democrática nas residências, nos clubes, para tentar salvar o município daquela angustiante fase -da qual participavam pequenos comerciantes,desportistas, alguns profissionais, funcionários públicos e raros políticos. Depois de inúmeros encontros, colocaram em prática seus planos e tempos depois conseguiam mostrar àqueles que ora dominavam o município, que não faziam parte das "vaquinhas de presépio", e assim conseguiram libertar esta terra de uma longa e penosa estagnação orquestrada. É bem verdade que não atingiram o primor das transformações, porém nos legaram um município livre de um entrave que já perdurava por três longas décadas. 
    Nossa geração (os nascidos nos anos 40), veio em seguida e ainda sentiu o impacto daquela catástrofe inicial, pois sequer se tinha condições de sequenciar nossos estudos, face o desmonte ou o atraso da educação na época, -mesmo assim demos nossa modesta contribuição nos esportes, nas exuberantes reuniões sociais do Clube Thalia, na revitalização urbana, apoio às instalações telefônicas, além de um ou outro cidadão, que teve atuação na área política, pelo menos discreta.
    Bem sabemos, que hoje contamos com novas cabeças pensantes, que tiveram a oportunidade e o privilégio de encontrar um município em condições bem mais favoráveis, onde a área educacional sobressaiu-se e expandiu-se, onde se vê muitos jovens galgarem conhecimentos em várias áreas do saber, onde a tecnologia avança em amparo à ciência, enfim onde se pode vislumbrar uma luz no fim do túnel. 
    Não se acredita portanto, que estes mesmos jovens de hoje, estejam conformados com a marcha-lenta que ainda contrai o município e mais precisamente, com a maneira que a nossa política ainda se arrasta, quando visivelmente ainda se conduz sob a égide da inabilidade, do conformismo e não raras vezes, do compadrio  -espera-se portanto, que esses nossos novos cidadãos com suas inegáveis capacidades de dicernimento e arguta compreensão de políticas sociais e desenvolvimentistas, posicionem-se em socorro de sua terra, pois só assim estarão construindo e escrevendo uma nova página para o progresso de Sta. Izabel.
   No nosso singelo modo de pensar, o que se deve discutir, rediscutir, pesar e sopesar, são as mazelas que ainda nos afligem e ainda nos refletem um município subdesenvolvido em vários aspectos e sentidos. As discussões nacionais deixemos para o Congresso e os Tribunais competentes.
   -Temos que ter em mente o município que queremos, a menos que pensemos que aqui, está tudo as mil maravilhas.   

       

terça-feira, 20 de março de 2018

TURRONA


    Vovó Matuzalena agora pegou pesado: disse que só vai aceitar o Teste Biométrico, quando ver todos os ladravazes-contumazes já descobertos no Brasil, com suas impressões digitais também gravadas nos arquivo da PF.  

segunda-feira, 19 de março de 2018

NAQUELE TEMPO


    Os amigos que viveram ali pelos anos 50 devem lembrar muito bem do impagável Francelino. Uma minúscula figura de uns 1,40 m, massa muscular desavantajada -sóbrio- um ser humano brando, pacato, voz quase inaudível, de poucas palavras e residia quase em frente à Estação Ferroviária, (ao lado da Assembleia de Deus) com sua companheira e aparentava na época seus 50 anos. Fazia da arte pirotécnica o seu meio de vida, talvez o único artífice nessa profissão pelas redondezas e diga-se de passagem, seu trabalho era elogiado, quando se via em qualquer manifestação comemorativa, como os nossos Círios, comícios, festas de fim de ano, aniversários, enfim, aonde houvesse comemorações, lá estavam os famosos fogos do Francelino. Seu estabelecimento comercial ostentava no frontispício e com letras garrafais, "Foguetaria Toscana", abrigado em um chalé de porta e janela. 
    Como ainda existia o grande Mercado Municipal (onde hoje se encontra a Praça da Bandeira), cujo majestoso prédio constituía-se o ponto referencial para nossa gente, onde se via todos e de tudo, quase todos os dias. Minha turminha a maioria entre 8 e 10 anos, sempre brincávamos ali pelas redondezas e volta e meia nos aparecia aquele delicado senhor, retirava dos bolsos alguns pacotes de "estalinhos" ou outros foguetes menores e nos ofertava, sentíamos que aquilo lhe enchia a alma de contentamento, dado o seu semblante demonstrando felicidade e alegria. 
   Por outro lado, Francelino com aquela aparência tímida, seu físico minúsculo, a voz baixa, quase o desconhecíamos quando vez por outra aparecia nos cantos do velho Mercadão, a proferir um "discurso" único e breve, que só ele sabia propagar, bem como, o motivo daquela manifestação e assim a todos os pulmões ele repetia inúmeras vezes o bordão: "Cabôco cria vergonha na cara cabôco !.. Quem tá falando aqui é um correligionário de Magalhães Barata, cabôco!" Daí, saia para os outros cantos do prédio e depois para o obelisco da Praça, sempre repetindo o mesmo chavão -porém o que levava os passantes a parar e rirem, era o seu jeito de andar com o peito estufado e as pernas meio que retesadas, além dos gestos imitando um orador inflamado, numa sincronia perfeita. Algumas vezes figuras maldosas passavam-lhe talco usado em bilhar, no seu rosto, porém ele nem ligava e saia discretamente para continuar o seu despretensioso e hilário "showmício". A tarde já avançava e certamente o efeito etílico também diminuía, ele agora mais calmo sentava-se no banco da Praça e parecia que pouco a pouco voltava a ser o velho Francelino, aquele que presenteava as crianças com seus foguetinhos, com a brandura de um Papai Noel, mesmo fora de época. 
   Dez a quinze dias depois, ele repetia tudo de novo, da mesma forma, do mesmo jeito e no mesmo horário. Já quase noite, ele parecendo sóbrio, notava-se sua minúscula figura subindo a Rua Bragantina (hoje a Generalíssimo Deodoro), seu zigue-zague confundia-se com inúmeros buracos da artéria que lhe dificultavam mais ainda suas trôpegas passadas e apenas lhe favoreciam o trajeto, três ou quatro lâmpadas nos postes da iluminação pública, até chegar em sua casa.
     Anos depois soubemos do seu passamento, garanto que muitos sentiram, principalmente nós, aqueles meninos que sempre eram agraciados com generosos foguetinhos e saiam estourando-os numa explosão de contentamento. 
    Os dias de Círios, as Novenas, os verdadeiros comícios eleitorais, o Aniversário do Município, os 7 de Setembro, já não seriam iguais a dantes, pois faltavam os potentes rojões, os "foguetes-de-rabo" e as "chuvas-de-prata", fabricados por uma simples figura, o pequeno-grande Francelino. Ele que também fez parte de nossa infância.

    Resquiescat in pace. (Descanse em paz!)
    

quinta-feira, 15 de março de 2018

QUÊ QUÉ ISSO ?


Molusco Cefalópode "Vermelho" - com acentuado grau de persuasão, porém e felizmente, sob o rígido controle da LJ e prestes à extinção.

domingo, 11 de março de 2018

AS PERIPÉCIAS POLÍTICAS


   Talvez a coisa mais difícil é definir ou mesmo avaliar política e especificamente, o eleitor neste Brasil velho de guerra. Porém arrisco meu pitaco, mesmo sabendo que jamais terei total anuência dos que me dão a honra de ler. 
   Ora, num país em que a cada dia reduz-se a possibilidade do cidadão sobreviver condignamente no que se refere colocação (emprego), ele se torna uma presa fácil às pretensões dos políticos oportunistas (leia-se também maquiavélicos). Agora, trazendo-se a prosa para este pedacinho de Brasil, se tem notícia que desde a fundação do município, já existiam os "manobreiros", que atuavam com mil peripécias, no afã de ganhar o voto de uma população ainda bem mais desinformada e por conseguinte incauta. Conta-nos o anedotário "sipiano" (ou seria sipiense?), que tivemos até candidato que ofereceu "leite encanado", proporcionou lautas feijoadas regadas a churrasco, festanças ininterruptas de 72 horas para todo mundo que ali quisesse se empanturrar e balançar o esqueleto. Também o clientelismo exacerbado, na pessoa de um médico local, que distribuía amostras grátis de remédios nas campanhas e assim, conseguiu cinco mandatos de deputado estadual, sem na realidade influir ou contribuir em nada para o desenvolvimento deste município. Os dois processos embora distintos, tinham naturalmente o intuito único de aprisionar o eleitor com o divertimento ou de outra forma, com o "favor" médico, às vezes até com promessas de empregos. Tudo isso passou-se num período aproximado de 40 anos, para na década de 90, os novéis "farejadores de votos", inventarem novas e "miraculosas" estrepolias. A partir daí, começou-se a ter notícias de "nêgo" se elegendo distribuindo: dinheiro em espécie, dentaduras,óculos, próteses diversas, cadeiras-de-roda, cestas básicas, material de construção, geladeiras, televisão, enxovais etc... etc. -isto sem falar invariavelmente na famosa promessa de emprego. Hoje também muitos utilizam as assossiações comunitárias, meios esportivos, sindicatos, igrejas,carnaval  -embora se saiba que em alguns casos, esses "líderes" ao se elegerem, fazem corresponder aos anseios daqueles respectivos grupos. Em contraposição, no rol dos votantes, existem aqueles menos exigentes que se contentam com um aperto de mão do candidato, a limpeza, asfaltamento ou iluminação de sua rua, ou a obturação de um buraco que já fez 8 ou 12 aniversários consecuitvos; porém devem existir os mais impertinentes que querem: pneus ou peças diversas de carro, moto (para trabalhar), carro-de-cachorro-quente, casa mobiliada, além é claro, de um emprego na Prefeitura ou na Câmara. Considerando-se, essas aspirações populares são fruto ora, do eleitor "vivaldino" que se diz aproveitar-se do "momento da procura", achando que só terão "nova chance" dali há quatro anos -porém existem os verdadeiramente necessitados, que muitas das vezes por falta de emprego, não têm sequer como saldar nem mesmo os já escorchantes tributos como, energia, água, IPTU, além do alto custo de vida.
     De outra maneira, dá para se tirar uma nítida conclusão, de que o processo eletivo, passou a ser mal comparado a um grande mercado persa, isto é, negocia-se ou troca-se quase tudo e, onde leva soberba vantagem os mais bem aquinhoados -embora se saiba que a Justiça Eleitoral trabalha incansável e efetivamente para coibir tais práticas, havendo muitos casos de impedimento de candidaturas, por essas práticas condenáveis.
    Que país estamos em que se troca ainda a dignidade do voto por um litro de aguardente, alguns tira-gostos, um lanche ou até um saquinho de pipocas?
    E o eleitor? Bem, aquele que ganhou um emprego de 48 meses, pra ele está tudo ótimo, porém, para os outros que terão pela frente todo esse tempo e mais alguns anos à procura de trabalho, em um município que ainda está longe de se desenvolver, é realmente cruel. 
   Geralmente os que galgam o poder, alegam sempre que só herdaram dificuldades, logo uma herança maldita
-como se isto justificasse suas visíveis e flagrantes deficiências.
    -Nos queixar a quem?    
         

sábado, 10 de março de 2018

IZABELENSE: ENTRE A GLÓRIA E O DESCASO


     São bem poucos (que ainda estão por aqui) que viveram os tempos áureos do Atlético Clube Izabelense por volta dos anos 50 aos 90. Depois de ter surgido do entusiasmo de um grupo de amigos amantes do futebol em 1924, este clube tornou-se um dos mais respeitados e organizados de toda a Região Bragantina. Por muitos anos via-se em sua sede social (em frente ao lendário Clube Thalia), inúmeros troféus e fotografias que registravam a sua orgulhosa e respeitável trajetória, para gáudio e satisfação de seus assíduos frequentadores e admiradores naquelas inesquecíveis épocas. Por conseguinte conhecia-se os esforçados e diligentes diretores todos com um perfil brilhante, nas pessoas de: Manoel Silva, Victor Paz,Lisis Bitencourt,Profº Domingos, Bento Lima, José Pedro de Almeida Campos, Edilson Abreu e tantos outros que não mediram esforços para elevar bem alto o pavilhão Alvirrubro em fases distintas. Viu-se no seu gramado a magia de craques como Quirica, Caboclo Orlando, Curica, Pedro Brito, Jaú, Orivaldo, Ceará,Quarentinha, Bito e depois, já nos anos 60, Cacareco,Vicente, Jurandir, Edmilson,Formiga, Chico, Osvaldino,Pipio,Orlandino,Lola, Adê, esta última leva de atletas que deu ao glorioso Izabelense o primeiro título Intermunicipal de Clubes em 1964,e onde 9 foram titulares absolutos da primeira Seleção Izabelense naquele ano -continuando assim, a agremiação como um celeiro inesgotável de excelentes jogadores. Nos anos 70 e 80 sob a direção do dinâmico desportista Edilson Abreu, o clube alcançou talvez a sua fase mais proeminente quando ganhou o título Intermunicipal por duas vezes representando a Liga,além de uma invejável performance excepcional no Certame Paraense de Futebol quando em 81 chegou a disputar um Triangular Final com Remo e Paysandu e disputou também por duas vezes a Taça de Bronze, atual Terceira Divisão do Certame Brasileiro(81-92). 
     Hoje infelizmente vemos uma imagem totalmente adversa e deprimente de tudo que se plantou outrora, um clube sem perspectiva, sem mentores com conhecimento dessa brilhante história, sem um planejamento necessário, dependências e a praça de esportes com gritantes carências e destinada apenas à peladas cotidianas a pseudos sócios de idade até senil -portanto longe de se pensar um clube forte, competitivo e organizado para disputar um Campeonato Paraense de Profissionais. Pior se torna ainda, quando aparecem os "virtuais donos", que chegam a ditar ordens até em eleições, exigindo esse ou aquele candidato, em desrespeito aos estatutos e a alguns beneméritos que assistiram tamanha agressão e demonstração de autoritarismo. Não é assim logicamente, que se colabora com um clube já quase centenário e nem se conquista a simpatia de seus antigos baluartes.
    Nós que participamos de um outro Izabelense, onde reinava a harmonia, o respeito, a colaboração mútua e expontânea entre todos, sem o abusivo mandonismo, pois foi assim que se conseguiu fazer deste clube o que já foi. "Já foi", digo com tristeza, porque realmente é lamentável e inimaginável a situação atual dessa nossa gloriosa agremiação. 
     O Izabelense precisa de todos nós filhos legítimos desta terra e que amamos o esporte, bem como, daqueles que atuam em nossa comunicação, para que façam uma análise criteriosa dessa despropositada situação por que passa um clube já quase centenário, convidando pessoas interessadas e ligadas ao futebol, para que unidos possamos encontrar soluções, com a única finalidade de levá-lo novamente a brilhar, dando tudo de nós como o fizeram seus apoiadores do passado.
    Se assim não for, estaremos longe de servir e prezar as cores deste clube e do futebol desta terra, que já foi grande e hoje se apequena diante do nosso próprio descaso. 
    -Pensemos nisso.
   
     

terça-feira, 6 de março de 2018

NOSSA EDUCAÇÃO, ONTEM E HOJE


    Somos de uma época, ali pelos fins dos anos 40, em que discutir-se política nesta terra era dispensável ou até desprezível, pelo simples fato de sermos um município ainda recém- fundado, com uma população de aproximadamente 10 mil habitantes, basicamente composta de cidadãos de instrução primária ou nenhuma, em sua maioria nordestinos natos, eram portanto épocas onde ainda davam as cartas os Senhores de Engenho ou Coronéis. A política como não poderia deixar de ser, funcionava com esse viés, ou seja, os homens com melhores posses ou mesmo, saber, tornavam-se controladores e assim dominavam estados, municípios e até o país. Sta. Izabel após surgir do desmembramento de alguns lotes da Colônia Nossa Senhora de Benevides, leia-se Valentin José Ferreira, que escolheu o local pela facilidade de acesso para transporte do produto da novel área agrícola até à capital via seus navegáveis igarapés, o que muito influenciou nossa terra logo a se destacar como um centro de progresso, onde a economia girava em torno do extrativismo vegetal, serrarias, engenhos de açúcar, alambiques, agricultura, que juntos, acionavam um próspero comércio. O somatório disso tudo, foi que acelerou o processo de emancipação desta terra, surgindo como um município economicamente forte, logo promissor, em 1934. Infelizmente à partir dos anos 50, um médico filho da terra,depois de eleito deputado estadual por cinco mandatos, e com uma nefasta politicalha aos moldes do "coronelismo" calcado no tradicional clientelismo, deixou como saldo abominante um município destroçado estagnado, logo, sem perpectiva e muito menos chance de crescimento, isto entre 1950 e 1980, transformando-o em um grande "curral eleitoral".  Para se ter uma ideia concreta, a Educação fora relegada ao último plano, pois os jovens (como eu), apenas estudavam até o Curso Primário no ainda Grupo Escolar Sílvio Nascimento, tendo em vista que o Colégio Antonio Lemos era exclusivo para moças e ainda por cima órfãs. Dado ainda ao domínio do então parlamentar, muitos dos pais não incentivavam os filhos a participar do processo político, o que muito corroborou para que a aludida politiquice perdurasse por tão longo período. Fora necessário portanto cerca de 30 anos, para que novas gerações, agora juntando-se a ex-integrantes e colaboradores do pseudo-chefe, conseguissem desbancá-lo. Os izabelenses de então se livraram de um pesadelo, porém em contraposição reaparecia um município alquebrado, fragilizado e carente de novas e capacitadas lideranças, -prova inconteste é que até hoje é um dos que menos se desenvolve na Região Nordeste do Pará. Considerando-se que no presente, temos um  contingente considerável de novas cabeças, que tiveram o privilégio de contar com inúmeras escolas no município, cursos preparatórios,dentre especializações, que nos deram uma gama de cidadãos com invejável conhecimento em áreas diversas, que bem poderiam ser aproveitados na esfera política local, que acreditamos poderão substituir e transformar sobejamente os rumos dessa tão importante e imprescindível atividade humana. O ideal seria sobrepujar essa descomunal barreira que nos separa do desenvolvimento, caracterizada pelo continuísmo de figuras por vezes neutras, senão apáticas que infelizmente nada somam no que tange a propagação, bem como prosperidade desta terra.
    Portanto, consideramos que já passou da hora de nossos partidos tomarem uma posição talvez inédita, no sentido de conclamarem, incentivando essa verdadeira plêiade de cidadãos que melhor se prepararam nestes últimos tempos, essa força intelectiva e privilegiada que hoje podemos contar, para em conjunto e em amparo a esta terra que amamos e que é nosso berço, não permitindo mais que retroaja novamente ao fosso negro do subdesenvolvimento, em nem recaia no mandonismo oportunista dos que detém o poder financeiro, os novos "coronéis". Afinal temos como força principal, a compreensão e o incentivo dos inúmeros izabelenses natos que sonham com um melhor futuro para sua terra, além da pujança e a capacidade dos nossos jovens mais bem preparados.
    O que queremos mais?
   Vamos em frente, Sta. Izabel!    


sexta-feira, 2 de março de 2018

MUDAR OU MUDAR


        Muitos de nós sabemos que o nosso município de há muito, necessita de uma ampla reformulação política, isto é, uma total renovação em seu quadro. Sem ideias e resoluções voltadas para o desenvolvimento, não iremos nunca a lugar algum. Por anos repetem-se figuras reconhecidamente alheias aos diversos problemas que nos afetam, porém suas reeleições "miraculosas", lhes fazem crer serem os "tais". Enquanto isso, o município continua com seu crescimento econômico tendendo a zero, logo subdesenvolvido, quando ocupamos a 5ª posição em renda, entre os seis municípios da Região Metropolitana de Belém.
     
    

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

PAYSANDU 4 x CASTANHAL 0


     O Paysandu ontem no "alçapão" da Curuzu goleou a equipe do Castanhal E.C. pelo elástico placar de quatro tentos a zero. Com um gramado bastante escorregadio, devido as constantes chuvas na capital paraense, mesmo assim o Papão foi pra cima e conseguiu sobrepujar o valente Japiim da Estrada. Diego Ivo (ilustração) não marcou porém sobressaiu-se como em outras partidas, um verdadeiro xerife na zaga Bicolor.Outro destaque, o nosso conterrâneo Erê (que entrara como capitão da equipe interiorana), muito lutou mostrando o seu futebol primoroso, mas não conseguiu evitar a fragorosa queda de sua equipe na tarde ontem.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

HOMENAGEM A QUEM FEZ JUS

Dr. Edilson Abreu

     Nós enquanto izabelenses natos, temos a obrigação de desejar e até cobrar um município desenvolvido, que atenda naturalmente nossas aspirações e logicamente que se transforme em um sonho para os nossos filhos e nossas futuras gerações. Somos testemunhos de uma época em que tudo girava em torno de uma politicalha, à frente um pseudo-líder que querendo ou não, deixou o amargo rastro do atraso com consequências drásticas e arrasadoras para uma terra que nascera no âmago da novel Colonial Nossa Senhora de Benevides, quando José Valentim a escolheu como o primeiro núcleo a ser desenvolvido por suas propiciabilidades naturais, e que logo alcançou um substancial avanço registrado até por volta dos 50. Daí em diante o município ainda refém da referida politicalha, retroagiu de forma lastimável e deixou de ser uma região progressista e concorrente, para estagnar e até retroagir. Várias foram as administrações e legislaturas que passaram, poucas porém foram as que deram pelo menos um alento ao nosso povo, de que iríamos nos desvencilhar daquele incômodo pesadelo. Embora respeitando-se alguns nomes, pelos menos pela honradez e honestidade com que dirigiram esta terra, não podemos deixar de enaltecer e chanchelar o nome do insígne Dr. Edilson de Paiva Abreu por sua postura como administrador e grande desportista que foi, elevando a bandeira de Sta. Izabel ao ponto mais alto -,muito embora tenha recebido o município nas duas oportunidades que o dirigiu entre 89 a 2000, em estado falimentar e calamitoso. Ele que construiu um patrimônio invejável em nossa terra, porém abnegadamente, soube retribuir tudo, em reconhecimento à respeitosa acolhida que recebera de nós izabelenses, quando aqui chegou por volta dos anos 70.
    Olhando-se a performance inequívoca e diligente de pessoas dessa estirpe, é que nos fazem refletir hoje, o quanto estamos órfãos e carentes de homens verdadeiramente públicos.
   -Abênção Ilustre Batalhador Izabelense, onde quer que seu espírito repouse!  

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

HONRA AO MÉRITO


       Teve lugar nesta terça-feira (20/02), no auditório do Palácio do Governo em Belém do Pará, a entrega de medalhas à várias personalidades civis e militares, em comemoração aos 101 Anos da Casa Militar. Entre os presentes o Governador do Estado, Simão Jatene que em breves palavras enalteceu o significado do evento parabenizando a todos os agraciados com a medalha "Lauro Sodré". Em seguida vários Secretários de Estado também usaram da palavra, finalizando o comandante daquela unidade, o Coronel-PM César, fez um breve relato daquela instituição de segurança governamental, saudando a todos os presentes.
     Tivemos a satisfação de ali comparecer, tendo em vista, o nosso primogênito Tenente-Coronel Rosilan, fora um dos condencorados.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

BLOG UTILIDADE

A aual Av. Pedro Constantino

      Para os mais moços, mostramos aqui alguns nomes de ruas e outros logradouros de nossa cidade, que foram trocados por outras denominações ao longo do tempo como:

      Rua Alto do Bode que mudou para Trv. Caraparu e hoje Av. José Malcher.
     Travessa da Cabra - atualmente a Av. Azevedo Ribeiro.
     Travessa da Cabrita - no presente Trv. Mestre Rocha.
     Trav. Dr. Augusto Olímpio, atualmente a Av. Pedro Constantino
     Viaduto Antonio Lemos, depois Viaduto Tibiriçá, atual Av. João Casanova.
     Trav. Boca da Sexta, posteriormente Aratanha, atual Irmãs Santana.
     Trav. Das Flores, hoje Av. Benjamin Constant
     Trav. Da Usina, posteriormente Trav. Acrísio Aranha e atualmente Capitão José            Ferreira. 
     Trav. do Jurunas, hoje Av. Lauro Sodré.
     Trav. Quintino Bocaiuva, presentemente Av. José Amâncio.
     Trav. do Lira, hoje Av. Barão do Rio Branco.
      Rua Cearense, depois Rua Floriano Peixoto e agora Av. Francisco Amâncio.
      Rua da Usina (lado Sul), atual Miguel Antonio de Sousa.
      Rua Da Lama, atual Rua Antonio Pontes.
      Av. Deputado Clementino, hoje Av. Capitão Noé de Carvalho.
      Av. Da Constituição, presentemente Av. Antonio Lemos.
      Rua Bragantina, no presente Av. Deodoro da Fonseca ( depois da Praça da                   Getúlio Vargas, segue como Av. Da República).
      Praça da Matriz, hoje a Praça Getúlio Vargas.
      Praça da Bandeira (atual Ponto de Taxi).

      Fonte: "História do Município de Sta. Izabel do Pará"
                                                           

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

SAUDOSO ZIRIGUIDUM


      A turma que já chegou aos 70 janeiros, deve lembrar que existiu uma marchinha carnavalesca (não lembro o ano), que assim dizia: "A dança do caranguejo é assim que se faz. Não se dança pra frente, só se dança pra trás".
    Vocês não acham que esta musiquinha, cairia muito bem neste nosso Carnaval que hoje finou-se? 
     (Respostas para: "Datafalha.com.br-316").
   

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

CARNAVAL DA SAUDADE

Foto meramente ilustrativa
      
    Lembrar os velhos tempos nunca é tarde demais. Às vezes machuca o âmago, por outro lado pode nos remeter à épocas indescritíveis, que infelizmente jamais reviveremos.
    O período eram os anos 50 e eu ainda uma feliz criança que possuía, como qualquer outra, seu grupo de amiguinhos. A Quadra Momesca era para nós um momento mágico para exultarmos de alegria. Em casa, nossa mãe com todas as dificuldades vigentes, conseguia nos preparar (eu e meu irmão, um pouco mais velho) para participarmos das inesquecíveis festas infantis no lendário Clube Thalia. Quantas vezes contamos as horas nas tardes de sábado, para ouvir o locutor anunciar e convidar a gurizada a comparecer àquelas mini-tertúlias dançantes, ao som das músicas tipicas da época e que começavam invariavelmente às 15 horas indo até às 18. Ao chegarmos ao grande salão do clube, já encontrávamos várias outras crianças com ou sem fantasias, porém refletindo a alegria incontida em seus semblantes que mal cabia naqueles pequenos corações, com a certeza única que teriam momentos de deslumbre e entretenimento por algumas horas. Quantos coleguinhas conquistamos nos vaivéns do salão, entre um turbilhão de sorrisos sinceros, gritos de euforia, entre muitos confetes e serpentinas multicores. Pensar que aquilo tudo existia por um esforço incomum de diretorias que por ali passaram, onde o discotecário que ainda não tinha o pomposo nome de DJ, conseguia "apimentar" o ambiente com os frevos, marchinhas frenéticas e grandes sambas onde a petizada se esbaldava nas "cobrinhas" e rodas, a bem ziguezaguear e pular aproveitando os folguedos de Momo -o que não deixava naturalmente ninguém ficar parado. E lá estávamos nós contagiados pelo esfuziante ritmo pernambucano (frevo), as hilariantes e caricatas marchinhas cariocas, onde as letras nos faziam cantar e vibrar, como: "Olha a Cabeleira do Zezé", "Vai, com Jeito Vai", "As Águas Vão Rolar", "Marinheiro Pega o Leme","Garota Gostosura", "Me Dá um Dinheiro Aí", "Tem Nego Bebo Aí", "Máscara Negra" -dentre inúmeras outras, na voz de renomados intérpretes como por exemplo a grande Emilinha Borba. 
   A lembrança por vezes nos maltrata quando olhamos para trás e nos damos conta de que tudo passou, como uma longa "fileira indiana" de petizes, a saracotear num imaginário salão de luzes sob penumbra, refletida pelo longo e distante tempo. As festas infantis de outrora, as músicas genuínas da quadra momesca, e os inúmeros coleguinhas que conquistamos, desapareceram também, desde o dia em que o relógio marcava 18 horas de uma tarde qualquer, em um sábado qualquer de Carnaval, tudo como num passe de mágica. 
    Mesmo assim, carregando a saudade pelo braço como única companheira e com o coração apertado, conseguimos ainda ouvir como fundo musical dessa história, este samba, que se molda muito bem ao tema que ora expusemos:
                                 
                                        "Quem parte leva, saudades de alguém
                                         Que fica, chorando de dor                                                                                                       Por isso eu não posso ficar 
                                         Eu vou partir meu grande amor
                                         Ai,ai,ai,ai tá chegando a hora
                                         O dia já vem raiando meu bem
                                         E eu tenho que ir me embora..." 
                                                   

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

CORDEL


     Esta é a capa-protótipo de um novo trabalho que pretendemos lançar em breve. Trata-se de uma história (estória? istória?), de autoria de um cordelista "iza-pátrio", que conta a saga de dois políticos que conseguiram soterrar nossa terra (pode?), cujo título (como se vê) é "Nossus Grandis Lideris". 
    O ficto-poeta chama-se Izabelino Paraense da Silva, um conterrâneo "véio" de guerra, nascido presumivelmente em 7 de janeiro de 1934, quando o nosso município também nascia  -portanto, ninguém com maior cacife para o assunto.
    Quando estiver pronto, boto aqui neste blog-espaço "demo-crático".
    Antes, lhes transcrevo um dos últimos versos do referido trabalho:

                                                    Ao terminá essis velsos
                                                    Com fadiga i trabaio
                                                    Fiz a rima, não a istória
                                                    Acho qui quebrei o gaio
                                                    E apezá di tudo isso
                                                    Nossu povo ninguem vence
                                                    Ofereço o coração
                                                    Transbordando di afeto
                                                    Sei qui sou anaufabeto
                                                    Mas um grandi IZABELENSE

                                               

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

ESTREPOLIA OU ESTRATÉGIA ?




O PT mais parece o menino peralta. Ele quebra a vidraça, sai correndo e diz que foi o "amiguinho".

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O ABSURDO AINDA ACONTECE AQUI


     Quando se pensa que se vai avançar, continua-se procedendo como o bêbado, que dá um passo à frente e três pra trás. Não se sabe qual o "iluminado" que ainda tem a "brilhante" ideia de realizar festas em vias públicas -principalmente se a cidade possui a Praça Sta. Izabel propícia para determinados eventos. Desde a quinta-feira (01/fevereiro) passada, que anunciou-se uma festança em frente ao estádio do Izabelense, ao que parece de cunho carnavalesco e particular, que "rolaria" nos dois dias do final da semana. Já no sábado por volta do meio-dia (pasmem!) fechavam a Av. Pedro Constantino transformando-a em um comparado "curral festeiro". Porém para infelicidade dos "promotores" o aguaceiro deste dia estragou tudo. No domingo com aquela via ainda interditada, os "inspirados promotores" tentaram continuar a "relevante promoção cultural", só que novamente "São Pedro", mandou derramar água no chope literalmente e deve ter sido um novo fiasco. 
   Até aí (quase) tudo bem. Porém é preciso que se pense o transtorno que causa aos moradores das proximidades, terem que se privar da televisão e não conseguirem quase nem se comunicar dentro de casa, pois o ruído ensurdecedor do aparelho sonoro e o "notável locutor"  falando sandices o tempo inteiro, isto já nos faria madrugar com eles, até às 3 da matina; os donos de veículos que não respeitam a porta da sua casa trancando sua garagem e outros que deixam a fedentina insuportável nos muros, utilizando-o como mictório a céu aberto; os malandros que se aproveitam para assaltar, além da sujeira do dia seguinte, onde até fezes se encontra no passeio principal do aludido logradouro, sem se falar no direito de ir e vir que não se respeita. Enfim quem quiser saber o que é "bom pra tosse", permita que se faça "promoções" desse tipo em frente de sua residência ou mesmo em sua rua e se possível nos conte depois a sua "satisfação". Até porque, quem permite tais eventos está longe de toda essa aporrinhação e parafernália e, quem promove é para sem dúvidas, faturar.
   Ao que parece, a Câmara Municipal aprovou recentemente um projeto que proibe estacionar em cima de calçadas -porém, interditar rua para faturamento próprio, pode. 
   Por isso os moradores da citada avenida, com toda convicção de que ali não é nenhuma "Sapucaí", irão solicitar as providências cabíveis.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

GRANDE ROL


  Zé Dirceu, Genoíno, Palocci, Serveró,Delúbio,Vaccari,Delcídio,André Vargas,Renato Duque,Pizzolato,João Santana,Gim Argollo,Irmãos Batista e mais alguns -,todos condenados e presos por saberem e contarem tudo. "Exclua-se" aí um, que...

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

TRADIÇÃO IZABELENSE

Fachada do CDRBT

     Foi no século passado mais precisamente no dia 26 de agosto de 1914, que um grupo de amigos idealizou e fundou o Clube  Dramático Recreativo e Beneficente Thalia. Entre os sócios fundadores encontravam-se membros da conceituada família Amâncio, o jovem Pergentino Moura, o lusitano Gaudêncio Ramos, dentre outros. Passando a funcionar oficialmente no dia 7 de setembro daquele ano e no mesmo local de hoje, ou seja, a Av. Francisco Amâncio (antes a Rua Cearense), bairro do Centro, tendo sido reconhecido como de Utilidade Pública pelo eminente Prefeito Municipal, Dr. Carlos Miguel Damuos, através do Decreto nº 199, de 30 de abril de 1941. O Clube Thalia possui seus estatutos, onde reza: promover a cultura social e artística; incentivar e promover a educação moral e cívica, literária e artística com ênfase na dramaticidade; proporcionar aos associados assistência médica, farmacêutica, dentária e pecuniária; criar escolas ou cursos para educação primária aos filhos de associados, bem como, às pessoas pobres; promover diversões; organizar biblioteca; realizar anualmente as festas estatutárias: Das Flores (em maio), Da Fogueira (Quadra Junina), Festa do Fim de Ano (Reveillon) e Carnaval. Apenas a título de curiosidade esclarecemos que o termo "Thalia" origina-se da palavra grega "thálhia", que significa aquela que brota, verdejante ou viçosa, Thalia também era o nome da musa responsável pela comédia e a poesia -veja-se portanto aonde os fundadores foram se inspirar. 
    Como se verifica esta instituição completará agora em 2018, 104 anos de existência com um longo trabalho em prol da sociedade izabelense, quando muitas diretorias que por ali passaram se empenharam para manter viva a chama "thaliana". Nos últimos tempos destaca-se o esmerado desempenho de Nestor Herculano Ferreira que presidiu o clube nas décadas de 60 e 70 e que conseguiu seguir à risca o que rege os estatutos, no que concerne todas as reuniões festivas, peças teatrais e a manutenção da biblioteca. 
    Na atualidade esta tradicional agremiação está sob a direção do companheiro Lauro Brito, (mais conhecido por Lalá), que também não tem medido esforços para dar continuidade a esta grande obra -já tendo realizado em poucos anos, uma reforma e modernização da sede social e que hoje está disponível à comunidade para eventos diversos, inclusive continuação da ação filantrópica.
   Vida longa portanto, a essa secular instituição izabelense é o que o nosso Blog deseja.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

POEMINHA OVOLÓGICO


                     Pobre intão daquele povo 
                     Qui veve di inlusão
                     Uma veiz discunfiado
                     Deve tumá precaução
                     Si hoje ele tá fumado
                     Cansado di inrolação
                     Se livre do mau pulítico
                     Qui aproveita a ocazião
                     Inquanto ele passa filé
                     Nus sobra ovo cum pão

          (Izabelino Paraense da Silva, pueta cem formação e munto menu informação)




segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

CHARGE DO LINO



    Ladrões de telefones celulares proliferando e atazanando cada vez mais a população. Além de audaciosos (pasmem!), alguns se dando até ao luxo, de escolher tipo e modelo.

domingo, 28 de janeiro de 2018

ANÚNCIOS POPULARES


   Nossa gente "escapa" como pode. Como se vê, o aviso não é para linguistas, muito menos para versados em gramática -o que importa mesmo é que a "galera" compre e garanta o pirão dos pirralhos. 

QUEM FOI O CRAQUE

Jaú (em pé) e Caboclo Orlando

      Estávamos no início dos anos 50 e o Izabelense que sempre mantinha um time à altura de sua tradição, perdia um dos grandes centro-médios que era Pedro Brito. Passado algum tempo, chegava à cidade um mulato com aproximadamente 25 anos de idade, 1,90m de altura e que fora fazer teste no Vermelhão. Tratava-se de Raimundo Cosme da Silva ou simplesmente o Jaú, que tomou conta daquela posição, na época se conhecia pelo termo inglês "center-half". Com pouco tempo logo familiarizou-se com a turma e passou a formar um trio de meio de campo com Major e Milton, quando ainda se atuava no antigo 2-3-5. Jaú que se dizia cearense, porém aqui aportou vindo de nossa capital, onde atuou no Campeonato Suburbano especificamente no São Joaquim Esporte Clube do Bairro da Marambaia, onde residiu por determinado período. Ele servia ainda ao Exército quando ao cair de um bonde perdeu cerca de 50% de seu membro superior- esquerdo, o que nunca impediu nem o desmotivou de jogar futebol, aliás uma de suas grandes paixões. No Vermelhão da cidade disputou inúmeras e memoráveis partidas e ajudou a conquistar vários trofeus, no tempo de Orivaldo& Cia -,tendo formado com três gerações de atletas, juntamente com seu companheiro de defesa Caboclo Orlando, aliás, os dois grandes recordistas de atividades no clube e que mereciam honrarias. Jaú por sua estatura e compleição física privilegiadas, levava vantagem nas bolas altas e disputas individuais, além de ser vigilante e decisivo no seu setor de combate. Talvez uma das suas maiores façanhas no Izabelense, foi quando em um jogo-treino contra a Seleção de Castanhal e na viagem ele sempre hilário, motivou o restante da equipe, àquela altura formada por jovens recém-guindados à titularidade, assim se expressando: -Vocês estão com medo de quê? Nós vamos é ganhar essa parada, vamos dar uma goleada, um show e eu ainda vou sentar na bola. Dito e feito: construimos um placar de 3 a 0 ainda no primeiro tempo, e o velho guerreiro cumpriu o prometido, enquanto a torcida castanhalense, que nos recebeu com vaias, se esganava de raiva.
    Jaú por pouco não formou em nossa primeira Seleção Municipal em 64, em virtude de já contar com cerca de 45 anos,  porém futebol ele jogava e conhecia como ele só e nas quatro linhas se portava como um líder, primando pela seriedade diante de qualquer adversário.
    Recordarmos momentos como estes, só faz bem ao espírito, digo porque tive o privilégio de atuar junto a este verdadeiro "monstro da pelota", que foi Jaú. Seu companheirismo, sua lealdade às nossas cores e tradições, sua predisposição em lutar, talvez seja o que nos falte neste Izabelense atual, desmotivado e sem uma perspectiva de futuro. 
    Enquanto não nos respaldarmos em nossos baluartes e grandes ídolos que fizeram a história Alvirrubra, dificilmente resgataremos a força e o prestígio desse gigante adormecido chamado Atletico Clube Izabelense. 
  

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

CHARGE DO LINO


    Vovó Matuzalena disse que só vai definir seu voto para o próximo pleito, quando sair a lista dos "congelados", isto é, daqueles que a ficha é mais suja do que a água que se consome em Sta. Izabel.
 

sábado, 20 de janeiro de 2018

REMINISCÊNCIAS ESPORTIVAS

Distintivo

     Em 1945 terminava a 2ª Guerra Mundial e os chamados "pracinhas" em todo o Brasil, resolveram se organizar em associações nos estados com o intuito de terem representatividade ante aos governos da República. Em Belém, bem como em outras capitais a Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, possuía sua sede social em São Braz, em frente aos Blocos Residenciais do IAPI e fundou um clube de futebol com o mesmo nome da entidade e que disputou o Campeonato Profissional de 1951 a 1958. Porém em 1959 por motivo de força maior, mudou o nome para Grêmio Desportivo Combatentes, que continuou em atividade até 1973. Com sua sede agora na Tv. 1° de Queluz, Bairro de Canudos, dava sequência a uma boa fase, quando disputava de igual para igual com os três grandes de Belém e sua melhor performance no Campeonato foi em 1968, ao ficar em 3º Lugar num jogo extra com o Paysandu. O GDC tinha como cores-símbolo o vermelho e branco e por muito tempo representou aquele populoso bairrro (Canudos). Também como não poderia deixar de ser, foi uma verdeira escola para vários atletas onde pontificaram: a infernal dupla de área Zizi e Tatá, os arqueiros Asas e Alberto (sendo este de Sta. Izabel), os defensores, Socó, Jota Alves, Casemiro (todos atuaram posteriormente no Clube do Remo), Jurandir, Pignatário, Adolfo e Pipio (os 4 últimos ainda chegaram a envergar a camisa do Izabelense), além dos atacantes Jaster e Adinamar. Também por muito tempo este clube contou com a experiência do estrategista de futebol, o conhecido Aluisio Brasil que lhe proporcionou muitos triunfos.
   A título de curiosidade, este forte esquadrão nos anos 60, ainda no seu auge, chegou a realizar uma excursão à nossa cidade e foi derrotado em um amistoso frente ao Izabelense pelo escore de 2x1. 

Fonte: História do Futebol.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O CAMALEÃO E EU


     Um dia desses ouvi um forte baque no chão e ao melhor verificar, era este enorme lagarto que despencara do alto de um abieiro no meu quintal, a uma altura de 5 m aproximadamente. Este estranho animal deveria medir 1 m, considerando-se da cabeça à ponta do rabo e calculadamente pesava uns 6 a 8 kg. Como não conheço bem a espécie, tentei capturá-lo e ao me aproximar, ele se deitava e ficava estático. Porém ao me afastar um pouco, ele saía em desabalada carreira e procurava fuga e sempre esbarrava na altura do muro. Naquele momento na mesma árvore (abieiro) vi uns sabiás agitados e logo imaginei que ele tivesse atacado o ninho. Depois de algumas tentativas em prendê-lo, ele assomou rapidamente um outro pé de abiu menor, pouco a pouco foi desaparecendo nas folhagens e o perdi de vista, embora tenha ficado por cerca de meia hora embaixo, mais o cara mostrou-se mais vivo do que eu e não desceu mesmo.
    Como curiosidade, dias depois pesquisei no Google e (parece) que encontrei a origem do misterioso animal. Trata-se de uma espécie de camaleão que habita a América Central e Sul, chega a medir até 2 m e pesar até 20 kg, se chama Iguana Verde. Se alimenta especialmente de vegetais (folhagens) e pode ser domesticado, porém sua criação é um tanto quanto dispendiosa. Na informação diz ainda que o valor deste animal estando legalizado, chega entre 2 a 6 mil reais, (puxa!).
   Fiquei posteriormente imaginando se ele não teria fugido de algum criatório vizinho, e resolveu dar um "rolé" no meu quintal , se divertir um pouco e pra lá voltou. Porém que ele escapou de ser apreendido, disso ele escapou.
    Agora todas as vezes que ouço movimentos de galhos nas árvores, logo verifico se não é aquele enorme "calangão" verde que veio aprontar novamente.     

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

FOTOMEMÓRIA


      Para nossa gente mais nova, a esquina que se vê na imagem e da antiga Av. Augusto Olímpio (hoje Av. Pedro Constantino), com a Rua Cearense, esta última hoje chamada de Av. Francisco Amâncio. À esquerda temos a Casa Oliveira, (comércio de nosso pai) e à direita aparece uma pequena parte do majestoso Mercado Municipal e em seguida a mercearia do português Antônio Vieira, completando-se com vários outros prédios. 
    O referido registro deve ter sido efetuado nos anos 40, portanto quando Sta. Izabel tinha passado a município há cerca de 6 anos, e lá se vão 77 janeiros.
    Para complementar, nossa família morou na Av. Augusto Olímpio por longos anos, cuja residência era interligada ao nosso comércio e na esquina tinha uma frondosa mangueira (que não aparece na foto) e que fazia parte de um conjunto de inúmeras outras formando um imenso túnel verde ao longo da citada avenida, até o estádio do A.C. Izabelense. Era uma vista privilegiada e panorâmica. Difícil contemplar esta imagem e não bater a saudade, acelerando forte o coração...