sexta-feira, 23 de março de 2018

QUE MUNICÍPIO QUEREMOS?


     Sem querer enaltecer de forma exagerada, mas as gerações passadas deram uma substancial colaboração para o engrandecimento desta terra -mesmo a despeito de uma grande maioria ainda não possuir uma formação adequada ou uma instrução condizente para tal, naquela época. 
    Depois de ter assistido a quase aniquilação de sua terra por 30 anos, aquela gente reagiu heroicamente e de forma gradual, devolveu ao povo um município que se encontrava devastado, sem a menor perspectiva de desenvolver-se, sem norte e muito menos visibilidade externa. Durante esse período crucial (1950 a1980), foram feitas várias tentativas de enfrentar a despropositada situação, quando grupos de verdadeiros izabelenses reuniam-se de forma pacífica e democrática nas residências, nos clubes, para tentar salvar o município daquela angustiante fase -da qual participavam pequenos comerciantes,desportistas, alguns profissionais, funcionários públicos e raros políticos. Depois de inúmeros encontros, colocaram em prática seus planos e tempos depois conseguiam mostrar àqueles que ora dominavam o município, que não faziam parte das "vaquinhas de presépio", e assim conseguiram libertar esta terra de uma longa e penosa estagnação orquestrada. É bem verdade que não atingiram o primor das transformações, porém nos legaram um município livre de um entrave que já perdurava por três longas décadas. 
    Nossa geração (os nascidos nos anos 40), veio em seguida e ainda sentiu o impacto daquela catástrofe inicial, pois sequer se tinha condições de sequenciar nossos estudos, face o desmonte ou o atraso da educação na época, -mesmo assim demos nossa modesta contribuição nos esportes, nas exuberantes reuniões sociais do Clube Thalia, na revitalização urbana, apoio às instalações telefônicas, além de um ou outro cidadão, que teve atuação na área política, pelo menos discreta.
    Bem sabemos, que hoje contamos com novas cabeças pensantes, que tiveram a oportunidade e o privilégio de encontrar um município em condições bem mais favoráveis, onde a área educacional sobressaiu-se e expandiu-se, onde se vê muitos jovens galgarem conhecimentos em várias áreas do saber, onde a tecnologia avança em amparo à ciência, enfim onde se pode vislumbrar uma luz no fim do túnel. 
    Não se acredita portanto, que estes mesmos jovens de hoje, estejam conformados com a marcha-lenta que ainda contrai o município e mais precisamente, com a maneira que a nossa política ainda se arrasta, quando visivelmente ainda se conduz sob a égide da inabilidade, do conformismo e não raras vezes, do compadrio  -espera-se portanto, que esses nossos novos cidadãos com suas inegáveis capacidades de dicernimento e arguta compreensão de políticas sociais e desenvolvimentistas, posicionem-se em socorro de sua terra, pois só assim estarão construindo e escrevendo uma nova página para o progresso de Sta. Izabel.
   No nosso singelo modo de pensar, o que se deve discutir, rediscutir, pesar e sopesar, são as mazelas que ainda nos afligem e ainda nos refletem um município subdesenvolvido em vários aspectos e sentidos. As discussões nacionais deixemos para o Congresso e os Tribunais competentes.
   -Temos que ter em mente o município que queremos, a menos que pensemos que aqui, está tudo as mil maravilhas.   

       

Nenhum comentário:

Postar um comentário