segunda-feira, 26 de março de 2018

PORQUÊS DE NOSSA MISÉRIA


    No Brasil todos sabemos que existem muitos que enriqueceram à sombra do poder, beneficiando-se com falcatruas de toda sorte, ocultadas pela impunidade. Vários outros ainda buscam a permanência, através de parcerias maquiavélicas, com aqueles que ontem se diziam "adversários", num verdadeiro espetáculo asqueroso, senão criminoso. 
  Pode-se resumir tudo isto, em duas frases de dois participantes dessa comédia vergonhosa e sarcástica, que fez nosso povo mais pobre, enquanto "eles" engordavam suas contas bancárias:

  
 " A corrupção na Petrobras começou com a saída dos militares do poder!" 

 " Nunca ganhei 1 centavo durante o governo dos militares, não havia como ganhar. Não havia brecha para propina, Dr...!"


-Precisa mais explicações?

sexta-feira, 23 de março de 2018

QUE MUNICÍPIO QUEREMOS?


     Sem querer enaltecer de forma exagerada, mas as gerações passadas deram uma substancial colaboração para o engrandecimento desta terra -mesmo a despeito de uma grande maioria ainda não possuir uma formação adequada ou uma instrução condizente para tal, naquela época. 
    Depois de ter assistido a quase aniquilação de sua terra por 30 anos, aquela gente reagiu heroicamente e de forma gradual, devolveu ao povo um município que se encontrava devastado, sem a menor perspectiva de desenvolver-se, sem norte e muito menos visibilidade externa. Durante esse período crucial (1950 a1980), foram feitas várias tentativas de enfrentar a despropositada situação, quando grupos de verdadeiros izabelenses reuniam-se de forma pacífica e democrática nas residências, nos clubes, para tentar salvar o município daquela angustiante fase -da qual participavam pequenos comerciantes,desportistas, alguns profissionais, funcionários públicos e raros políticos. Depois de inúmeros encontros, colocaram em prática seus planos e tempos depois conseguiam mostrar àqueles que ora dominavam o município, que não faziam parte das "vaquinhas de presépio", e assim conseguiram libertar esta terra de uma longa e penosa estagnação orquestrada. É bem verdade que não atingiram o primor das transformações, porém nos legaram um município livre de um entrave que já perdurava por três longas décadas. 
    Nossa geração (os nascidos nos anos 40), veio em seguida e ainda sentiu o impacto daquela catástrofe inicial, pois sequer se tinha condições de sequenciar nossos estudos, face o desmonte ou o atraso da educação na época, -mesmo assim demos nossa modesta contribuição nos esportes, nas exuberantes reuniões sociais do Clube Thalia, na revitalização urbana, apoio às instalações telefônicas, além de um ou outro cidadão, que teve atuação na área política, pelo menos discreta.
    Bem sabemos, que hoje contamos com novas cabeças pensantes, que tiveram a oportunidade e o privilégio de encontrar um município em condições bem mais favoráveis, onde a área educacional sobressaiu-se e expandiu-se, onde se vê muitos jovens galgarem conhecimentos em várias áreas do saber, onde a tecnologia avança em amparo à ciência, enfim onde se pode vislumbrar uma luz no fim do túnel. 
    Não se acredita portanto, que estes mesmos jovens de hoje, estejam conformados com a marcha-lenta que ainda contrai o município e mais precisamente, com a maneira que a nossa política ainda se arrasta, quando visivelmente ainda se conduz sob a égide da inabilidade, do conformismo e não raras vezes, do compadrio  -espera-se portanto, que esses nossos novos cidadãos com suas inegáveis capacidades de dicernimento e arguta compreensão de políticas sociais e desenvolvimentistas, posicionem-se em socorro de sua terra, pois só assim estarão construindo e escrevendo uma nova página para o progresso de Sta. Izabel.
   No nosso singelo modo de pensar, o que se deve discutir, rediscutir, pesar e sopesar, são as mazelas que ainda nos afligem e ainda nos refletem um município subdesenvolvido em vários aspectos e sentidos. As discussões nacionais deixemos para o Congresso e os Tribunais competentes.
   -Temos que ter em mente o município que queremos, a menos que pensemos que aqui, está tudo as mil maravilhas.   

       

terça-feira, 20 de março de 2018

TURRONA


    Vovó Matuzalena agora pegou pesado: disse que só vai aceitar o Teste Biométrico, quando ver todos os ladravazes-contumazes já descobertos no Brasil, com suas impressões digitais também gravadas nos arquivo da PF.  

segunda-feira, 19 de março de 2018

NAQUELE TEMPO


    Os amigos que viveram ali pelos anos 50 devem lembrar muito bem do impagável Francelino. Uma minúscula figura de uns 1,40 m, massa muscular desavantajada -sóbrio- um ser humano brando, pacato, voz quase inaudível, de poucas palavras e residia quase em frente à Estação Ferroviária, (ao lado da Assembleia de Deus) com sua companheira e aparentava na época seus 50 anos. Fazia da arte pirotécnica o seu meio de vida, talvez o único artífice nessa profissão pelas redondezas e diga-se de passagem, seu trabalho era elogiado, quando se via em qualquer manifestação comemorativa, como os nossos Círios, comícios, festas de fim de ano, aniversários, enfim, aonde houvesse comemorações, lá estavam os famosos fogos do Francelino. Seu estabelecimento comercial ostentava no frontispício e com letras garrafais, "Foguetaria Toscana", abrigado em um chalé de porta e janela. 
    Como ainda existia o grande Mercado Municipal (onde hoje se encontra a Praça da Bandeira), cujo majestoso prédio constituía-se o ponto referencial para nossa gente, onde se via todos e de tudo, quase todos os dias. Minha turminha a maioria entre 8 e 10 anos, sempre brincávamos ali pelas redondezas e volta e meia nos aparecia aquele delicado senhor, retirava dos bolsos alguns pacotes de "estalinhos" ou outros foguetes menores e nos ofertava, sentíamos que aquilo lhe enchia a alma de contentamento, dado o seu semblante demonstrando felicidade e alegria. 
   Por outro lado, Francelino com aquela aparência tímida, seu físico minúsculo, a voz baixa, quase o desconhecíamos quando vez por outra aparecia nos cantos do velho Mercadão, a proferir um "discurso" único e breve, que só ele sabia propagar, bem como, o motivo daquela manifestação e assim a todos os pulmões ele repetia inúmeras vezes o bordão: "Cabôco cria vergonha na cara cabôco !.. Quem tá falando aqui é um correligionário de Magalhães Barata, cabôco!" Daí, saia para os outros cantos do prédio e depois para o obelisco da Praça, sempre repetindo o mesmo chavão -porém o que levava os passantes a parar e rirem, era o seu jeito de andar com o peito estufado e as pernas meio que retesadas, além dos gestos imitando um orador inflamado, numa sincronia perfeita. Algumas vezes figuras maldosas passavam-lhe talco usado em bilhar, no seu rosto, porém ele nem ligava e saia discretamente para continuar o seu despretensioso e hilário "showmício". A tarde já avançava e certamente o efeito etílico também diminuía, ele agora mais calmo sentava-se no banco da Praça e parecia que pouco a pouco voltava a ser o velho Francelino, aquele que presenteava as crianças com seus foguetinhos, com a brandura de um Papai Noel, mesmo fora de época. 
   Dez a quinze dias depois, ele repetia tudo de novo, da mesma forma, do mesmo jeito e no mesmo horário. Já quase noite, ele parecendo sóbrio, notava-se sua minúscula figura subindo a Rua Bragantina (hoje a Generalíssimo Deodoro), seu zigue-zague confundia-se com inúmeros buracos da artéria que lhe dificultavam mais ainda suas trôpegas passadas e apenas lhe favoreciam o trajeto, três ou quatro lâmpadas nos postes da iluminação pública, até chegar em sua casa.
     Anos depois soubemos do seu passamento, garanto que muitos sentiram, principalmente nós, aqueles meninos que sempre eram agraciados com generosos foguetinhos e saiam estourando-os numa explosão de contentamento. 
    Os dias de Círios, as Novenas, os verdadeiros comícios eleitorais, o Aniversário do Município, os 7 de Setembro, já não seriam iguais a dantes, pois faltavam os potentes rojões, os "foguetes-de-rabo" e as "chuvas-de-prata", fabricados por uma simples figura, o pequeno-grande Francelino. Ele que também fez parte de nossa infância.

    Resquiescat in pace. (Descanse em paz!)
    

quinta-feira, 15 de março de 2018

QUÊ QUÉ ISSO ?


Molusco Cefalópode "Vermelho" - com acentuado grau de persuasão, porém e felizmente, sob o rígido controle da LJ e prestes à extinção.

domingo, 11 de março de 2018

AS PERIPÉCIAS POLÍTICAS


   Talvez a coisa mais difícil é definir ou mesmo avaliar política e especificamente, o eleitor neste Brasil velho de guerra. Porém arrisco meu pitaco, mesmo sabendo que jamais terei total anuência dos que me dão a honra de ler. 
   Ora, num país em que a cada dia reduz-se a possibilidade do cidadão sobreviver condignamente no que se refere colocação (emprego), ele se torna uma presa fácil às pretensões dos políticos oportunistas (leia-se também maquiavélicos). Agora, trazendo-se a prosa para este pedacinho de Brasil, se tem notícia que desde a fundação do município, já existiam os "manobreiros", que atuavam com mil peripécias, no afã de ganhar o voto de uma população ainda bem mais desinformada e por conseguinte incauta. Conta-nos o anedotário "sipiano" (ou seria sipiense?), que tivemos até candidato que ofereceu "leite encanado", proporcionou lautas feijoadas regadas a churrasco, festanças ininterruptas de 72 horas para todo mundo que ali quisesse se empanturrar e balançar o esqueleto. Também o clientelismo exacerbado, na pessoa de um médico local, que distribuía amostras grátis de remédios nas campanhas e assim, conseguiu cinco mandatos de deputado estadual, sem na realidade influir ou contribuir em nada para o desenvolvimento deste município. Os dois processos embora distintos, tinham naturalmente o intuito único de aprisionar o eleitor com o divertimento ou de outra forma, com o "favor" médico, às vezes até com promessas de empregos. Tudo isso passou-se num período aproximado de 40 anos, para na década de 90, os novéis "farejadores de votos", inventarem novas e "miraculosas" estrepolias. A partir daí, começou-se a ter notícias de "nêgo" se elegendo distribuindo: dinheiro em espécie, dentaduras,óculos, próteses diversas, cadeiras-de-roda, cestas básicas, material de construção, geladeiras, televisão, enxovais etc... etc. -isto sem falar invariavelmente na famosa promessa de emprego. Hoje também muitos utilizam as assossiações comunitárias, meios esportivos, sindicatos, igrejas,carnaval  -embora se saiba que em alguns casos, esses "líderes" ao se elegerem, fazem corresponder aos anseios daqueles respectivos grupos. Em contraposição, no rol dos votantes, existem aqueles menos exigentes que se contentam com um aperto de mão do candidato, a limpeza, asfaltamento ou iluminação de sua rua, ou a obturação de um buraco que já fez 8 ou 12 aniversários consecuitvos; porém devem existir os mais impertinentes que querem: pneus ou peças diversas de carro, moto (para trabalhar), carro-de-cachorro-quente, casa mobiliada, além é claro, de um emprego na Prefeitura ou na Câmara. Considerando-se, essas aspirações populares são fruto ora, do eleitor "vivaldino" que se diz aproveitar-se do "momento da procura", achando que só terão "nova chance" dali há quatro anos -porém existem os verdadeiramente necessitados, que muitas das vezes por falta de emprego, não têm sequer como saldar nem mesmo os já escorchantes tributos como, energia, água, IPTU, além do alto custo de vida.
     De outra maneira, dá para se tirar uma nítida conclusão, de que o processo eletivo, passou a ser mal comparado a um grande mercado persa, isto é, negocia-se ou troca-se quase tudo e, onde leva soberba vantagem os mais bem aquinhoados -embora se saiba que a Justiça Eleitoral trabalha incansável e efetivamente para coibir tais práticas, havendo muitos casos de impedimento de candidaturas, por essas práticas condenáveis.
    Que país estamos em que se troca ainda a dignidade do voto por um litro de aguardente, alguns tira-gostos, um lanche ou até um saquinho de pipocas?
    E o eleitor? Bem, aquele que ganhou um emprego de 48 meses, pra ele está tudo ótimo, porém, para os outros que terão pela frente todo esse tempo e mais alguns anos à procura de trabalho, em um município que ainda está longe de se desenvolver, é realmente cruel. 
   Geralmente os que galgam o poder, alegam sempre que só herdaram dificuldades, logo uma herança maldita
-como se isto justificasse suas visíveis e flagrantes deficiências.
    -Nos queixar a quem?    
         

sábado, 10 de março de 2018

IZABELENSE: ENTRE A GLÓRIA E O DESCASO


     São bem poucos (que ainda estão por aqui) que viveram os tempos áureos do Atlético Clube Izabelense por volta dos anos 50 aos 90. Depois de ter surgido do entusiasmo de um grupo de amigos amantes do futebol em 1924, este clube tornou-se um dos mais respeitados e organizados de toda a Região Bragantina. Por muitos anos via-se em sua sede social (em frente ao lendário Clube Thalia), inúmeros troféus e fotografias que registravam a sua orgulhosa e respeitável trajetória, para gáudio e satisfação de seus assíduos frequentadores e admiradores naquelas inesquecíveis épocas. Por conseguinte conhecia-se os esforçados e diligentes diretores todos com um perfil brilhante, nas pessoas de: Manoel Silva, Victor Paz,Lisis Bitencourt,Profº Domingos, Bento Lima, José Pedro de Almeida Campos, Edilson Abreu e tantos outros que não mediram esforços para elevar bem alto o pavilhão Alvirrubro em fases distintas. Viu-se no seu gramado a magia de craques como Quirica, Caboclo Orlando, Curica, Pedro Brito, Jaú, Orivaldo, Ceará,Quarentinha, Bito e depois, já nos anos 60, Cacareco,Vicente, Jurandir, Edmilson,Formiga, Chico, Osvaldino,Pipio,Orlandino,Lola, Adê, esta última leva de atletas que deu ao glorioso Izabelense o primeiro título Intermunicipal de Clubes em 1964,e onde 9 foram titulares absolutos da primeira Seleção Izabelense naquele ano -continuando assim, a agremiação como um celeiro inesgotável de excelentes jogadores. Nos anos 70 e 80 sob a direção do dinâmico desportista Edilson Abreu, o clube alcançou talvez a sua fase mais proeminente quando ganhou o título Intermunicipal por duas vezes representando a Liga,além de uma invejável performance excepcional no Certame Paraense de Futebol quando em 81 chegou a disputar um Triangular Final com Remo e Paysandu e disputou também por duas vezes a Taça de Bronze, atual Terceira Divisão do Certame Brasileiro(81-92). 
     Hoje infelizmente vemos uma imagem totalmente adversa e deprimente de tudo que se plantou outrora, um clube sem perspectiva, sem mentores com conhecimento dessa brilhante história, sem um planejamento necessário, dependências e a praça de esportes com gritantes carências e destinada apenas à peladas cotidianas a pseudos sócios de idade até senil -portanto longe de se pensar um clube forte, competitivo e organizado para disputar um Campeonato Paraense de Profissionais. Pior se torna ainda, quando aparecem os "virtuais donos", que chegam a ditar ordens até em eleições, exigindo esse ou aquele candidato, em desrespeito aos estatutos e a alguns beneméritos que assistiram tamanha agressão e demonstração de autoritarismo. Não é assim logicamente, que se colabora com um clube já quase centenário e nem se conquista a simpatia de seus antigos baluartes.
    Nós que participamos de um outro Izabelense, onde reinava a harmonia, o respeito, a colaboração mútua e expontânea entre todos, sem o abusivo mandonismo, pois foi assim que se conseguiu fazer deste clube o que já foi. "Já foi", digo com tristeza, porque realmente é lamentável e inimaginável a situação atual dessa nossa gloriosa agremiação. 
     O Izabelense precisa de todos nós filhos legítimos desta terra e que amamos o esporte, bem como, daqueles que atuam em nossa comunicação, para que façam uma análise criteriosa dessa despropositada situação por que passa um clube já quase centenário, convidando pessoas interessadas e ligadas ao futebol, para que unidos possamos encontrar soluções, com a única finalidade de levá-lo novamente a brilhar, dando tudo de nós como o fizeram seus apoiadores do passado.
    Se assim não for, estaremos longe de servir e prezar as cores deste clube e do futebol desta terra, que já foi grande e hoje se apequena diante do nosso próprio descaso. 
    -Pensemos nisso.
   
     

terça-feira, 6 de março de 2018

NOSSA EDUCAÇÃO, ONTEM E HOJE


    Somos de uma época, ali pelos fins dos anos 40, em que discutir-se política nesta terra era dispensável ou até desprezível, pelo simples fato de sermos um município ainda recém- fundado, com uma população de aproximadamente 10 mil habitantes, basicamente composta de cidadãos de instrução primária ou nenhuma, em sua maioria nordestinos natos, eram portanto épocas onde ainda davam as cartas os Senhores de Engenho ou Coronéis. A política como não poderia deixar de ser, funcionava com esse viés, ou seja, os homens com melhores posses ou mesmo, saber, tornavam-se controladores e assim dominavam estados, municípios e até o país. Sta. Izabel após surgir do desmembramento de alguns lotes da Colônia Nossa Senhora de Benevides, leia-se Valentin José Ferreira, que escolheu o local pela facilidade de acesso para transporte do produto da novel área agrícola até à capital via seus navegáveis igarapés, o que muito influenciou nossa terra logo a se destacar como um centro de progresso, onde a economia girava em torno do extrativismo vegetal, serrarias, engenhos de açúcar, alambiques, agricultura, que juntos, acionavam um próspero comércio. O somatório disso tudo, foi que acelerou o processo de emancipação desta terra, surgindo como um município economicamente forte, logo promissor, em 1934. Infelizmente à partir dos anos 50, um médico filho da terra,depois de eleito deputado estadual por cinco mandatos, e com uma nefasta politicalha aos moldes do "coronelismo" calcado no tradicional clientelismo, deixou como saldo abominante um município destroçado estagnado, logo, sem perpectiva e muito menos chance de crescimento, isto entre 1950 e 1980, transformando-o em um grande "curral eleitoral".  Para se ter uma ideia concreta, a Educação fora relegada ao último plano, pois os jovens (como eu), apenas estudavam até o Curso Primário no ainda Grupo Escolar Sílvio Nascimento, tendo em vista que o Colégio Antonio Lemos era exclusivo para moças e ainda por cima órfãs. Dado ainda ao domínio do então parlamentar, muitos dos pais não incentivavam os filhos a participar do processo político, o que muito corroborou para que a aludida politiquice perdurasse por tão longo período. Fora necessário portanto cerca de 30 anos, para que novas gerações, agora juntando-se a ex-integrantes e colaboradores do pseudo-chefe, conseguissem desbancá-lo. Os izabelenses de então se livraram de um pesadelo, porém em contraposição reaparecia um município alquebrado, fragilizado e carente de novas e capacitadas lideranças, -prova inconteste é que até hoje é um dos que menos se desenvolve na Região Nordeste do Pará. Considerando-se que no presente, temos um  contingente considerável de novas cabeças, que tiveram o privilégio de contar com inúmeras escolas no município, cursos preparatórios,dentre especializações, que nos deram uma gama de cidadãos com invejável conhecimento em áreas diversas, que bem poderiam ser aproveitados na esfera política local, que acreditamos poderão substituir e transformar sobejamente os rumos dessa tão importante e imprescindível atividade humana. O ideal seria sobrepujar essa descomunal barreira que nos separa do desenvolvimento, caracterizada pelo continuísmo de figuras por vezes neutras, senão apáticas que infelizmente nada somam no que tange a propagação, bem como prosperidade desta terra.
    Portanto, consideramos que já passou da hora de nossos partidos tomarem uma posição talvez inédita, no sentido de conclamarem, incentivando essa verdadeira plêiade de cidadãos que melhor se prepararam nestes últimos tempos, essa força intelectiva e privilegiada que hoje podemos contar, para em conjunto e em amparo a esta terra que amamos e que é nosso berço, não permitindo mais que retroaja novamente ao fosso negro do subdesenvolvimento, em nem recaia no mandonismo oportunista dos que detém o poder financeiro, os novos "coronéis". Afinal temos como força principal, a compreensão e o incentivo dos inúmeros izabelenses natos que sonham com um melhor futuro para sua terra, além da pujança e a capacidade dos nossos jovens mais bem preparados.
    O que queremos mais?
   Vamos em frente, Sta. Izabel!    


sexta-feira, 2 de março de 2018

MUDAR OU MUDAR


        Muitos de nós sabemos que o nosso município de há muito, necessita de uma ampla reformulação política, isto é, uma total renovação em seu quadro. Sem ideias e resoluções voltadas para o desenvolvimento, não iremos nunca a lugar algum. Por anos repetem-se figuras reconhecidamente alheias aos diversos problemas que nos afetam, porém suas reeleições "miraculosas", lhes fazem crer serem os "tais". Enquanto isso, o município continua com seu crescimento econômico tendendo a zero, logo subdesenvolvido, quando ocupamos a 5ª posição em renda, entre os seis municípios da Região Metropolitana de Belém.