segunda-feira, 30 de novembro de 2015

EFEITO RETARDATÁRIO


     O velho cidadão, comerciante e morador nas redondezas do Complexo Penitenciário de Americano, onde negocia com galináceos e que já fora "visitado" algumas vezes pelos amigos do alheio, ficou apavorado quando leu em um informativo local (que aparecera surpreendentemente enfiado no seu jornal de domingo), cuja manchete principal era uma tragédia naquela casa penal. Nervoso e bastante agitado berrou chamando pela consorte. Ela já trazendo a coramina e o medidor de pressão, porém bastante calma, teve a lembrança de ver a data da edição. Após verificar bem, tranquilizou o seu cara-metade dizendo: -Essa nutícia é de outubro meu véi. Você é que si vechou di mais, num oiando bem a data! E o antes agitado e agoniado esposo, num gesto de agradecimento e agora mais tranquilo deu seu grito de guerra: -Graças a Deus! Essa foi a mió nutíça que você mi deu, dispois daquela úrtima tentativa de fuga no prisídio!

O QUE A POLÍTICA NÃO FAZ ...


     Dizem que tivemos um político paraense que certa vez cunhou esta frase: "Em política só não vi foi boi "avua" !. Já outro afirmara que: "Política é uma verdadeira cachaça !". E assim o fértil imaginário popular vem adjetivando a atividade em apreço por décadas e décadas.
   No primeiro caso, o inspirado frasista nos leva a entender que nessa atividade pública tudo (ou quase tudo) é capaz de acontecer. Já na outra proposição, nos faz compreender que ela (a política), embriaga e vicia, a ponto do coirão se pensar o maior dos estadistas, podendo levá-lo inclusive à "dependência", isto é , não querer mais sair dela.
   Me valho do preâmbulo acima para lembrar de uma figura nossa, que após vários anos nessa "arte" de politicar e "aposentando-se" da mesma, resolveu escrever (e publicar) suas memoriais façanhas de sua nobre trajetória.
   Com uma indisfarçável pitada de ironia, aqui e acolá, ele mistura fatos que fogem um pouco ao tema, porém nos parece bastante simplório ao nos relatar sua origem humilde de onde alguns políticos já experimentados lhe foram buscar. Agora lhes garanto que não consegui ler toda essa sua minuciosa auto-biografia, porque é algo para alguns dias de leitura ininterrupta e, olhe lá  -principalmente que a narrativa,vejam, se inicia ainda nos anos 40.
Depois de convidado e apresentado às "feras do mundo dos que governam", o então jovem político aceitou a decepção em não se sair vencedor na primeira tentativa à edilidade.Porém um outro seu "mui amigo" e conterrâneo, levou a melhor tirando-lhe votos com certa "artificialidade" , fato que quase o levou à desistir da carreira, lembra-nos aí o: "... só não vi foi boi "avua´". Procurado novamente por outro novato na política, mas que fizera certo sucesso numa determinada eleição para prefeito, uni-se a este e recebe seu primeiro diploma na edilidade local. Daí foi um sopro para o sucesso no âmbito político, quando sua estrela passou a  brilhar, com alguns mandatos na Câmara, cargos públicos e até assumiu o governo municipal por um curto período já no fim de carreira. Nota-se seu deslumbre maior em sua narrativa, quando por várias vezes esteve em reuniões ou encontros com as mais altas autoridades do Estado  -,que ao que parece, leva qualquer mortal a um êxtase existencial ou à sublimação nesses momentos tão "especiais", que o tal efeito da "cachaça" nos explica.
     Depois de anos na seara, agora um homem público considerado e procurado pelas siglas partidárias, mesmo não votado, chega ao poder máximo municipal, com a desistência do alcaide titular, que não aceitou (ou não aguentou) mais dois anos de prorrogação no comando. Agora talvez pelo dever de ofício, ocupa a administração e que pelo que conta, (ou se nota) implementou uma verdadeira revolução talvez jamais vista dantes (com licença da afirmativa lulesca) na Casa, o que lhe custou algumas ranhuras, indiferenças e até aversão de alguns que um dia (por ironia do destino) lhe foram tão caros, na vertiginosa e "gloriosa" subida, - as pessoas (às vezes), se deixam levar pela embriaguez do poder, (novamente aí o resultado etílico). 
    Por fim o nosso vitorioso (ou venturoso?) homem público, desfila um extensíssimo rosário de realizações, que a primeira vista, pode-se se achar que ninguém conseguiu tanto em tão pouco tempo para este município  -, embora ainda visivelmente carente de pessoas que pensem uma Sta. Izabel desenvolvida e resplandescente, pelo menos na Região Metropolitana de Belém.
   Quando termino a avaliação da quase epopeia do nosso "prodigioso" homem público, ele também faz seu fecho, dizendo que além de todas aquelas inúmeras "benfeitorias" para o município, ainda deixou uma considerável soma em dinheiro ao seu sucessor. Aí sim que infelizmente marca toda a sua inexperiência na tal "arte", pois dinheiro não se deixa em caixa para outros gastarem. O pior: é que o  seu sucessor,  foi o mesmo que lhe foi buscar pela segunda vez , em sua humilde propriedade agrícola no nosso interior, reintroduzindo-lhe na política e muito lhe ajudou nessa sua ascensão e ocaso da vida pública.
  Penso que todos os políticos deveriam contar(em verso e prosa) as suas proezas de inestimáveis contribuições para com esta terra. Só assim poderíamos ter uma visão "transformadora" que a cachaça,digo, a política lhes fez pensar um dia serem os mais capazes agentes desenvolvedores deste abençoado e complacente município, que ainda infelizmente, espera por um milagre ou "boi avuá".


sábado, 28 de novembro de 2015

UMA QUESTÃO DE BOM SENSO

Planta do Abreuzão. A esquerda a faixa (em amarelo) que deveria ser reincorporada


 Poucos sabem que antes de 1967 não existia a conexão da Rua (hoje) denominada Capitão Noé de Carvalho com a Av. Pedro Constantino. Naquele ano o então prefeito Nestor Ferreira, solicitava verbalmente ao dirigente do A.C. Izabelense, Manoel Silva, parte daquela área para realizar a referida ligação interlogradouros, mesmo em contrariedade aos estatutos dessa agremiação esportiva. Ocorre que dos 18 m pretendidos, a prefeitura apenas utilizou 10, ao desapropriar um terreno que fazia frente para a (hoje) Rua José Amâncio. Portanto caberia ao Izabelense solicitar a reincorporação dos 8 m não utilizados, (sem prejuízo do arruamento) ao governo municipal, que corresponde a uma significativa área de 800 m2, e que por muitos anos não foi utilizada, constituindo-se em uma faixa de terreno baldio, onde servia apenas para depósito de lixo, bem como, esconderijo de bandidos que se aproveitavam para assaltar transeuntes, dada a escuridão na referida nova artéria.
 Por volta de 2008, com novas diretorias, o clube resolveu executar limpeza e preparar-se para solicitar a reintegração de posse da referida faixa, inclusive com petição dirigida à Câmara Municipal em 2014, infelizmente sem até hoje obter uma resposta desejável ou plausível.
Sabe-se porém (extra-oficialmente), que existe o interesse de terceiros, onde alí seria  construída uma academia de musculação (?) ou por outra, pessoas que propunham utilizá-la como área de estacionamento (?). 
Para os menos avisados: a faixa de terra em questão é de direito do Atlético Clube Izabelense, e por uma questão de bom senso, deve ser devolvida ao clube que detém documentos originais e como foi cedida de forma verbal à municipalidade,esta, não teria como reclamar posse.
Outra: com a referida área, a agremiação poderia regularizar seu gramado de jogo, hoje de 100m, para 105m que é o padrão FIFA ; teria espaço para construir sua sede social ; uma pista de atletismo (que serviria ao próprio município); dentre outras benfeitorias.
Como no presente a agremiação não conta com pessoas (diretores) que tenham esse entendimento, poderão ser facilmente usados como instrumentos de manobra, e no fundo quem perde mais uma vez,( talvez até para terceiros) é esta agremiação, sendo dizimada em boa parte do seu patrimônio, que ao contrário, com força de gestão e interesse, poderia ser resgatada.
Temos que admitir que: os grandes desportistas Alvi-Rubros realmente acabaram. E o clube corre o risco de desaparecer, isto é, ficar sob o domínio de alguns poucos, que jamais pertenceram aos seus quadros de sócios, os quais já lhe fazem austera intervenção.
É triste, mas é o que infelizmente se vislumbra.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

RENOVEMOS O IZABELENSE


     Para aquele jovem que já ouviu referências sobre o Atlético Clube Izabelense, quer por seus pais, ou pessoas mais velhas, que lhe passaram a imagem de um clube que fora fundado em 1924, cuja organização era seu ponto alto, onde verdadeiros desportistas e grandes atletas marcaram a sua longa e gloriosa história, tudo é verdadeiro e que se concretizou até por volta dos anos 2000.
   Aconteceu porém, que a partir desta data, muitos daqueles abnegados colaboradores, deixavam o clube por motivos diversos o que veio concorrer para o seu descompasso e declínio. Com a agremiação acéfala, veio a suscitar a ingerência de alguns oportunistas, que em 2006 deixaram (forçados pela Justiça) a marca de suas irresponsabilidades,isto é, um clube sucateado e atirado ao lixo.
   Daí em diante novos "interessados" apareceram e, com pouco tempo logo mostraram ao que vieram, quando verificou-se que suas ações não se coadunavam com os estatutos e nem tampouco com a história gloriosa do Alvi-Rubro de Sta. Izabel. Como a partir de 2006 não houve mais resistência do quadro de beneméritos, sucederam-se "diretorias", cuja tônica era ( e continua sendo) o despreparo e o total descompromisso com o futuro da agremiação, que naturalmente tem reflexos negativos no âmbito social, futebolístico e principalmente no profissionalismo.
   Deve-se todavia a imaginação "fertilíssima" do Djalma Souza (ex- presidente), a criação de várias associações inter-clube, que nada mais é que a congregação de várias equipes de pessoas (pasmem!) com até 75 anos, e com anuência de diretores pouco atuantes e talvez desorientados, ocupam o gramado de jogo por quase o ano inteiro, em detrimento da preparação e renovação de novos valores, resultando num prejuízo inestimável para o nosso futebol como um todo, apesar da Federação Paraense de Futebol promover torneios de bases e existir o próprio Campeonato Municipal, todos os anos.
   O estádio que fora construído com  a finalidade precípua de elevar o nosso futebol e revelar grandes atletas, agora tem outro sentido, isto é, a realização de treinamentos,  torneios e vários amistosos do pessoal da Terceira Idade, e que, como se fossem jovens, discutem, xingam, se desentendem e esforçam-se ao máximo, para uma torcida infelizmente imaginária.
   Embora respeitando os nossos "perseverantes" atletas do passado (como também o fui), vamos admitir que, o futuro do Atlético Clube Izabelense está em primeiro plano, com muito trabalho e ideias novas
. Ou não?    
   

ANTIGOS CLUBES PARAENSES


                                  SOCIEDADE  ATLHÉTICA  UNIÃO  ESPORTIVA

      Fundada em 15 de agosto de 1906 pela classe de motoristas, cuja sede situava-se na Praça Justo Chermont (Largo de Nazaré) e que tem como seu principal registro histórico, ter sido o primeiro Campeão Paraense de Futebol, dois anos após a sua fundação, isto é, em 1908, o que repetiu em 1910 tornando-se por conseguinte, o primeiro bi da competição. Ainda na sua longa trajetória esportiva com cerca de 60 anos, este clube veio a sagrar-se Campeão do Torneio Início do mesmo certame, em 1924 e 1927.
     Utilizava-se como cores-símbolo em seu uniforme, o preto e o branco em listras verticais, além de calções brancos e meiões em branco, com detalhe preto. Apesar de não possuir estádio próprio, realizava suas partidas em Antônio Baena (Baenão). 
     Depois de um certo período em inatividade, voltou a disputar jogos oficiais, porém há de  se considerar que teve suas atividades suspensas no ano de 1967, -, quando por quase toda essa década , manteve sua sede social na Av. Nazaré (em frente ao Colégio Gentil), onde inclusive realizava reuniões dançantes, como fonte de arrecadação.
    Reapareceu em 2008 (agora representado pelo município de Ananindeua), quando disputou a Copa Centenário, onde Paysandu e Remo desistiram, ficando apenas a União Esportiva, Tuna e o Águia (Marabá)  -,cabendo a este último arrebatar o troféu, empatndo em 0x0 com a representação alvi-negra da União.
    O clube em toda a sua longa e vitoriosa existência, possuiu em seus quadros vários atletas que se destacaram no futebol da terra como, o goleiro Elpídio, os defensores Zito e Lobato, além dos atacantes Guimarães e Nahon, porém talvez o que mais brilhou em todos os tempos, fora Euclides Pessoa do Nascimento, o popular Marituba,seu grande centro-médio e eventual "coringa", que serviu ao seu único clube por 25 anos, inclusive como treinador.
    Ele integrou por várias vezes o escrete paraense, tendo se sagrado em diversas oportunidades Campeão do Norte e considerado Símbolo do Esporte Paraense pela imprensa, em 1942. 


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SURRADO E IMPRODUTIVO BLÁ,BLÁ,BLÁ


   Não se pode negar que Sta. Izabel se apresenta hoje, com outro aspecto urbano diferentemente de 20 anos atrás, porém o que a distingue de épocas passadas é sua população que cresceu de forma visível e considerável, a movimentação do tráfego entre transeuntes e veículos, além de um ou outro novo edifício na área central.
    No que respeita o seu fluente e vertiginoso crescimento demográfico, algo que foge ao controle administrativo, embora pareça um avanço, pode significar um fator de extrema atenção e preocupação, pois o ideal de qualquer cidade (ou município), seria a equação entre o crescimento da população, com a capacidade deste município em absorvê-la, dando boas condições de vida a todos os cidadãos. Logicamente que o excessivo aumento demográfico, passa a exigir basicamente dos governantes, mais saneamento, energia elétrica, infra-estrutura em arruamento, segurança, dentre outras necessidades. Como também é notório que tal inchaço populacional é instintivo, isto é, resulta das inúmeras áreas abandonadas e posteriormente ocupadas em torno das cidades, fazendo-as esparramarem-se em todos os sentidos e daí o flagrante descontrole e ausência da gestão nessas áreas.
   Resultado prático: municípios que não tiveram um crescimento efetivo e adequado, como Sta. Izabel e outros, sofrem e têm que conviver com a situação, que muitas das vezes, lhe é naturalmente desfavorável, suscitando "munição" para os opositores gratuitos e de plantão.
   No nosso caso particular, é natural que a oposição esteja atenta cobrando e apontando possíveis senões da atual gestão. Porém se olharmos bem, são os mesmos que acionaram e festejaram as gestões dos Srs. Simão e Mario, por 12 anos, contando inclusive com a força específica do empresariado local  -,cuja administrações, passaram ao largo de incentivar ou apoiar o crescimento do município, quando não se empenharam em atrair novos e importantes empreendimentos , o que deixou muito a desejar e muito pelo contrário: engessaram-no, presenteando-o, com um dos menores PIBs da Região Metropolitana de Belém, ao cabo de seus mandatos.
   A bem da verdade, nunca nesta bendita terra, alguém sentou para discutir como elevar e fortalecer a produção interna municipal, apenas perde-se (e preenche-se) o precioso tempo, verificando quem mais realizou obras triviais e obrigatórias a qualquer gestão  -, prática aliás, bastante surrada e envelhecida através de oito décadas.
   Em suma, tem-se quase que certeza, que uma grande maioria dos izabelenses almeja propostas criativas, debates fluentes e concisos, voltados para ações progressivas, porque (e principalmente porque), o blá, blá,blá convencional e retroativo, há muito nos alijou
da corrida rumo ao desenvolvimento.    

sábado, 21 de novembro de 2015

CRISE BRABA:


-Qual o sonho que você realizaria caso ganhasse os 130 milhôes da mega-sena ? Perguntou o cidadão ao outro.
- Eu continuaria dormindo, pois nem sonhando eu teria os 3,50 reais, pra fazer uma fezinha!
- Ora, era só emprestar dos amigos! Incentivou o primeiro.
- Bem que eu tentei,mas eles me deram a mesma resposta!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

F R A S E O L O G I A


" O barco do Brasil não está afundando."



  Afirmativa atribuída ao ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, nesses últimos dias,  em toda a mídia.
  Vamos torcer para que ele esteja certo. Porém, até "timoneiro de primeira viagem", sabe que o "mar" não está nada navegável. Né não?
  

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

TRISTE IMAGEM

    Sta. Izabel sempre foi esquecido. Somente era lembrado por determinados governos estaduais, para construirem presídios e mais presídios em seu território. Essa imagem que ficou, agradeçamos aos inúmeros cidadãos que se "intitulam" ou se "intitularam" políticos e permitiram de forma subserviente ou mesmo negligente, essa eterna e absurda pecha  para com esta terra, trazendo no seu bojo o desassossego e o terror constante para os izabelenses.
  O mais interessante é que alguns protagonistas, ainda estão no cenário político, fingindo não ter nada com isto, e em alguns casos, não têm a capacidade para dimensionar a tal catástrofe anunciada, que acolheram complacivamente.
  Para quem não sabe, temos condições sim (e muitas), de sermos um grande pólo turístico, o que continua nos emperrando é a anti-visão ou a imponderabilidade política, no que concerne engrandecer esta terra.

Fonte: jornal Diário do Pará, edição 16/11/2015. 




sexta-feira, 13 de novembro de 2015

QUEM, O CULPADO ?

Vista aérea do conglomerado penitenciário


    Ontem (12/nov.) por volta das 14h30, mais um acontecimento brutal que choca qualquer cidadão de bom senso: é que oito bandidos fortemente armados, tentaram adentrar por um dos portões da Penitenciária de Americano em nosso município, o que não conseguiram face à ação preventiva da Guarda Prisional. Perseguidos, renderam o condutor de uma caminhonete que passava em frente naquele momento na BR-316, ferindo-o e metralhando sem dó, mais duas ocupantes (nisseis), que se encontravam também no veículo, arremessando estupidamente seus corpos na vala e em seguida escaparam rumo à capital Belém , sem pistas aparentes.
   Tal episódio, vem somar-se a inúmeros outros alí já registrados nos úlimos meses, geralmente com a fatídica marca sangrenta da crueldade e incontáveis mortes, levando de vez em quando (e tristemente), o nome do nosso município ao noticiário horripilante da mídia nacional.
   Este projeto prisional que teve início entre anos 60-70 (governo Fernando Guilhon), começou com apenas um bloco de detenção. Infelizmente mal idealizado pois na área escolhida, nos primórdios, alí já eram assentadas várias famílias que integravam o próspero Núcleo Colonial Arararipe (hoje inserido no distrito de Americano) no extremo leste do nosso município. Após alguns anos, dada a imponderabilidade, falta de visão e total subserviência de vários políticos, permitiu-se que sucessivos governos, dada à vasta extensão da área, alí instalassem várias outras unidades prisionais, resultando hoje em um esdrúxulo conglomerado de prisões, que como sabemos, não contribui em nada para a expansão, progresso e o desenvolvimento do município. Mesmo a despeito de em épocas passadas, aduzia-se que o referido projeto traria bastante empregos aos nossos munícipes -,logicamente que o tempo encarregou-se de provar em contrário. O que quer dizer: enquanto ninguém se interessou para ter em seu território um verdadeiro enxame de apenados, nossos "iluminados" homens públicos apressaram-se em corroborar com este "estratégico" plano. 
   No assunto, há cerca de um ano atrás, postamos nesse modesto espaço que apenas pretende ajudar esta terra livrar-se da inaptidão e da incúria, que infelizmente ainda está enraigada em nossa política : " Quem nos dera, que ao passar por aquelas terras (Penitenciárias), víssemos inúmeras chaminés fabris, o que denotaria e comprovaria o progresso e o desenvolvimento do nosso querido município de Sta. Izabel do Pará".   

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PARA ONDE FOI A GRANA MESMO, HEIN ?


    Quem foi ao nosso tradicional balneário do Caraparu nesses últimos finais de semanas, deve ter verificado a imagem incrivelmente lacônica e plácida que tomava conta do ambiente. Em situações normais, alí por volta do meio-dia, a Vila fervilha, derramando banhistas por todos os lados, ao som de frenéticos aparelhos musicais, o que alegra os veranistas, convidando-lhes a se refrescar (por dentro e por fora), com um "refri" ou com uma inevitável "geladinha", o que naturalmente faz também a festa dos comerciantes da orla. Naquele momento, a visão que tive era quase desértica da margem direita, que contrastava-se com a da esquerda, sendo uma vegetação ainda viva e vibrante. Os seis únicos banhistas que ali estavam, disputavam os cerca de 70 cm de leito do secular riacho, além da canoa que cochilava ociosamente à beira, sem conseguir um único frete. 
   Logo imaginei que aquele dia atípico, fosse face ao rigoroso verão que sempre deixa o velho "Carapa", seco, quase imóvel, com suas margens nuas e expostas, suas águas tão fracas que mal ondulam, apesar do forte vento, que felizmente não tirou férias e nem tampouco afastou-se  com a brava estiagem de todos os anos.
  Pensava que o meu raciocínio estava completo e correto com relação ao estranho panorama. Porém, fiquei mais certificado ainda, quando perguntei à garçonete, (que me serviu o único refrigerante vendido até aquela hora)  -, sobre o motivo daquele ambiente sepulcral. Ela riu e disse-me: -É a crise seu Lino. A grana sumiu!  
    

sábado, 7 de novembro de 2015

ANTIGOS CLUBES PARAENSES


     Fora fundado em 1945 como Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, que congregava e representava os ex-pracinhas de Exército, Marinha e Aeronáutica da 2ª Guerra Mundial, que serviram na FEB-Força Expedicionária Brasileira, cuja sede era no Largo de São Braz. O propósito maior era amparar e representar junto ao governo e a sociedade, esses bravos militares. Em 1951 criavam um clube de futebol profissional com o mesmo nome desta associação, preservando a nomenclatura até 1958. Já em 1959 resolveu-se lhe dar novo nome, passando assim a se denominar Grêmio Desportivo Combatentes, com características de social e assistencial, com sede agora, na Tv. 1º de Queluz,264, no Bairro de Canudos, Belém-Pa. 
   O Grêmio Desportivo Combatentes deu continuidade à primitiva história por longos 23 anos, disputando o Campeonato Paraense, de igual para igual com Remo e Paysandu, até 1972  -, há registro de que sua melhor performance fora em 1968, quando chegou em terceiro lugar no certame. 
   Tinha como cores-símbolo o vermelho e branco, e revelou bons jogadores como , os goleiros Asas (atuou no Remo, Paysandu e Seleção Paraense) e Alberto (este natural de Sta. Izabel do Pará), os zagueiros, Socó e J.Alves, além dos atacantes, Zizi,Tatá, Adinamar, dentre tantos outros.
  O Grêmio Desportivo Combatentes hoje, consta como desativado para os arquivos da Federação Paraense de Futebol.

  

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CUNHA SOBREVIVERÁ AO CERCO ?

O atual presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, acusado de altas somas em contas de bancos suíços, se diz convicto de sua inocência, diante de uma aguda e longa investigação naquela Casa. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O "SALDO" DA IMPONDERABILIDADE


     Às primeiras horas do dia de hoje (03/nov.), surgiu a notícia que cerca de 40 perigosos detentos da Penitenciária de Americano, teriam empreendido fuga. Pelo sim ou pelo não, nós izabelenses devemos ficar prevenidos, ao verificarmos nossas portas e janelas se estão devidamente trancadas,  pois todo cuidado é preciso e nunca desnecessário. 
    Apesar de alguns insistirem em afirmar que tais foragidos nunca ficam por perto, ninguém tem certeza do plano e da estratégia que podem tramar esses elementos.
    O que se sabe ao certo é que: o nosso município, com esse verdadeiro conglomerado de presídios, nunca mais pode respirar ares de sossego, face essas constantes escapadas de presos e frequentes rebeliões. Vale ainda lembrar que, em épocas passadas, para alguns "micro-encefálicos" ou pretensos políticos, tal repositório de apenados, traria muitas divisas e empregos aos izabelenses. Alguns  hoje ainda na vida pública, outros afastados dela, deveriam fazer a "mea culpa", da barbaridade e da inadequada "obra" que permitiram crescer e se expandir em nosso território   -, e que na realidade apenas trouxe apreensão e intranquilidade para Sta. Izabel, por todos os tempos.  
     

domingo, 1 de novembro de 2015

QUE VENHAM OS EMPREENDIMENTOS

Visão parcial das instalações pela PA-140

       Quem passou por esses dias pela Rodovia Sta. Izabel-Vigia (PA-140), à altura do Km 02 (em frente aos novos conjuntos residenciais), deve ter notado o novo e belo visual das obras da empresa Belém Alimentos, que já está quase em fase conclusiva  -,quando acredita-se, que muito em breve estaremos sendo agraciados com esse serviço no ramo de distribuição de gêneros alimentícios, que possui modernas instalações arquitetônicas, extensa área de atividades e que sem dúvidas, além de trazer divisas e empregos, atenderá além do nosso município, outros mais próximos como: Sto. Antonio do Tauá, Vigia, São Caetano de Odivelas, Bujaru, Benevides, dada à sua localização estratégica.
   É possível que a partir de agora, estejamos ultrapassando algumas barreiras  "medievais" e gananciosas de alguns donos do ramo, quando "empastelou-se", desestimulando o Grupo Y. Yamada e outros congêneres que aqui desejavam se estabelecer, e que igualmente gerariam mais impostos e inúmeras colocações para os izabelenses.
   Temos repetido milhares de vezes neste espaço que, Sta. Izabel por sua posição geográfica na Rodovia BR-316 e a proximidade da Capital, tem condições de atrair muito mais investidores. Faz-se necessário portanto, que tenhamos políticas bem planejadas e orientadas para o seu crescimento econômico, além de naturalmente,  nos desvencilharmos de uma vez por todas, dos "mandatários únicos do pedaço", versão ridícula e reacionária dos "coronéis" de antanho.
   Tudo pelo desenvolvimento do município.