quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PARA ONDE FOI A GRANA MESMO, HEIN ?


    Quem foi ao nosso tradicional balneário do Caraparu nesses últimos finais de semanas, deve ter verificado a imagem incrivelmente lacônica e plácida que tomava conta do ambiente. Em situações normais, alí por volta do meio-dia, a Vila fervilha, derramando banhistas por todos os lados, ao som de frenéticos aparelhos musicais, o que alegra os veranistas, convidando-lhes a se refrescar (por dentro e por fora), com um "refri" ou com uma inevitável "geladinha", o que naturalmente faz também a festa dos comerciantes da orla. Naquele momento, a visão que tive era quase desértica da margem direita, que contrastava-se com a da esquerda, sendo uma vegetação ainda viva e vibrante. Os seis únicos banhistas que ali estavam, disputavam os cerca de 70 cm de leito do secular riacho, além da canoa que cochilava ociosamente à beira, sem conseguir um único frete. 
   Logo imaginei que aquele dia atípico, fosse face ao rigoroso verão que sempre deixa o velho "Carapa", seco, quase imóvel, com suas margens nuas e expostas, suas águas tão fracas que mal ondulam, apesar do forte vento, que felizmente não tirou férias e nem tampouco afastou-se  com a brava estiagem de todos os anos.
  Pensava que o meu raciocínio estava completo e correto com relação ao estranho panorama. Porém, fiquei mais certificado ainda, quando perguntei à garçonete, (que me serviu o único refrigerante vendido até aquela hora)  -, sobre o motivo daquele ambiente sepulcral. Ela riu e disse-me: -É a crise seu Lino. A grana sumiu!  
    

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