Olhando-se a vitrine política local na atualidade, é que se tem uma nítida visão de como se comportam determinadas figuras, que insistem (ou escolheram) enveredar pela vida pública. Alguns apenas por conveniência ali se inserem, muitas das vezes, pensando no retorno financeiro ou status que um cargo eletivo pode lhe trazer, bem como, para uma grande maioria, o que menos conta é se ele (o candidato), reúne a mínima capacidade ou condições para exercer tal função. Para isto trocam de partido à medida de suas conveniências e interesses, agarrando-se ou intrometendo-se na primeira sigla partidária que lhe ofereça guarida e apoio eleitoral. Geralmente são "figurinhas carimbadas" que já estiveram no poder e que por algum motivo foram defenestradas e assim saem-se obstinadamente em busca de novos parceiros e uma vez aceitas suas inclusões, passam a demonstrar fidelidade canina e logo transformam-se em um ferrenho agente fiscalizador, tentando desvalorizar e ridicularizar o trabalho da atual gestão, a quem antes, só rendiam loas e homenagens. Contentam-se e envaidecem-se com fotos ao lado dos novos "escolhidos", principalmente se estes ostentarem poder financeiro e babam com breves palavras elogiosas, o que lhes fazem transformar-se mais ainda em inflamados paladinos de tais "chefes". Chegam ao êxtase da empolgação e para mostrar "serviço", não se importam em descer ao recurso vil e sofrível do deboche e da calúnia espontânea, para tentar atingir a quem um dia confiou e acreditou no seu caráter como pessoa humana.
Porém, talvez essas figuras não premeditem, que poderão ser amanhã, apenas mais um, no grande rol de bajuladores e adoradores, em cuja hierarquia deverão se postar como recrutas, pois já tem alguns (ou muitos) à sua frente, nessa vergonhosa e desprezível função de fantoche humano.
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