sábado, 10 de maio de 2014

LEI NESTE PAÍS É ...


    O velho general Barata se foi, mas, uma frase de efeito atribuída a ele, dizia: "Lei neste país é potoca", e é claro, tem ressonância até nos dias de hoje.
    Quem foi a um determinado estabelecimento bancário na quarta-feira (8), logo notou uma imensa fila no seu interior, apenas para tirar a bendita senha de atendimento. De cara, o funcionário da recepção (talvez estagiário), estava mais perdido do que comandante de navio em noite tempestuosa, sem saber qual o tíquete de encaminhamento a dar ao cliente e lá ia consultar com o colega talvez mais experiente, de vez em quando . De posse da referida senha, o cidadão ficava em pé, salvo os primeiros dez felizardos, que conseguiram sentar em pequenas poltronas. Como chegamos por volta das 10h 30, juntamente com outras pessoas, tivemos que permanecer ali até às (pasmem) 14h 30, para sermos atendidos.
Em dado momento, um cidadão aparentando 50 anos, bastante obeso e, como a fome e a estafa já nos atacavam sem piedade, ele começou a resmungar sobre os direitos do usuário, que reza no máximo 15,  ou,
20 a 30 minutos,(em casos excepcionais), para que o cliente seja atendido, sendo ainda uma atribuição do poder público cobrar e fiscalizar tais normas. Chamou uma funcionária e pediu-lhe explicação. Foi aí que ficou-se sabendo que três servidores haviam faltado e por isso, o motivo da "operação tartaruga". 
   Na mesa do gerente apenas a plaqueta indicativa, e ainda podia-se contar 7 funcionários incluindo dois caixas, para atender um número expressivo de cidadãos, inclusive de outros municípios como Sto. Antonio eVigia. 
    O cidadão único a reclamar do não cumprimento da lei, talvez vencido pelo cansaço, depois de algumas horas, conseguiu estatelar-se em uma cadeira, cruzou os braços e desistiu de solicitar mais explicações sobre a lentidão do expediente.
    Ao sair do estabelecimento, foi que me veio a lembrança do velho Barata, com sua frase direta, explicita, bem ao seu estilo.  
    

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