sexta-feira, 27 de junho de 2014

ESPORTE RELEGADO

Uma das primeiras formações da Liga em 64. Em pé: o presidente  Jairo Pereira, Jurandir, Jorge, Formiga, Osvaldino, Chico e Bibito; agachados: Orlandino, Maranhão, Pipio, Canhoteiro e Pipira.

     Subsistindo ainda por força de alguns esforçados desportistas, o nosso futebol vem declinando a cada ano. Os clubes sem uma estrutura organizacional, esforçam-se para participar de  campeonatos sem brilho e nem motivação, cujas temporadas não revelam quase nenhum jogador e os que aparecem, migram para a capital ou outras cidades do interior.
    O A.C. Izabelense apesar de ter completado 90 anos, é a própria imagem dessa desagregação, quando não possui um modelo gestor  -inclusive não priorizando um quadro representativo de futebol, ficando parado a maior parte do ano. Sua praça de esportes é apenas utilizada para peladas diárias, naturalmente sem a menor finalidade prática, o que apenas ofusca e deprime uma imagem conquistada há nove décadas atrás.  
     Há cerca de nove anos a Liga não disputa o Campeonato Intermunicipal, em virtude da falta de recursos para a entidade, que deveriam vir do Poder Público  e sua atual função é acompanhar competições locais, que como dito, sem o brilhantismo de outras épocas, quando o certame municipal reunia entre oito a dez clubes e dada à sua organização e motivação, levava grande público aos estádios.
    Para os quem não sabem, a Liga fora fundada em um período em que o município era bem menor, porém com a força de vontade aliada à boa organização, chegou-se a um período áureo, onde o município fora agraciado com vários títulos, senão vejamos: Campeão Interclubes, conquistado pelo Izabelense em 1964; LAI, Campeã Intermunicipal em 79 (representada pelo Izabelense) e 84; Tricampeão do Torneio de Incentivo conquistado pelo Vermelhão da Estrada (79-80-81); e ainda foi representado por duas vezes na Taça de Bronze pelo Izabelense em 81 e 94.
    Como se vê, foram conquistas importantes e memoráveis e de lá para cá, resta apenas a lembrança. A continuar no estágio que está, dificilmente voltaremos a ser destaque no cenário paraense, o que patenteia o ocaso de nossas atividades esportivas.
    Na Câmara representativa do povo, temos edis que inclusive já foram atletas e que bem poderiam averiguar o que está acontecendo no nosso esporte e, quem sabe, dariam suas contribuições no sentido de resgatar assim o nosso prestígio esportivo. 

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