quarta-feira, 12 de agosto de 2015

SEM POLÍTICAS DESENVOLVIMENTISTAS


 -Palácio Noé de Carvalho

     Se fizermos uma análise retrospectiva do município a partir dos anos 50, ver-se-á que tem muita semelhança com o momento político atual.
     Ao ganhar autonomia em 1934 por se destacar como uma vila progressista, Sta. Izabel assim se manteve por 16 anos, isto é, até por volta de 1950. A partir daí, agora como município livre , infelizmente fora travado abruptamente por uma anti-política, liderada por um deputado filho da terra  -que o levou à estagnação por mais ou menos duas décadas e meia. Tal políticalha tinha como característica, agregar incautos por meio de serviços médicos profissionais (na época muito em voga) e com isto, o líder e seu alienado grupo, permaneceram 25 anos à frente das ações.
   Anos depois, alguns seguidores do tal grupo, rebelavam-se, pelo fato de não verem resultados progressistas para com o município e partiram para a oposição ao ex-chefe, mesmo dentro da Arena, que era o partido da Revolução de 1964. No pleito de 67, os rebeldes dividiram a sigla e elegeram Nestor Ferreira, apesar da capacidade deste, fora totalmente ignorado pelo tal deputado, prejudicando assim um melhor trabalho desse gestor.
O grupo discidente não se abateu e conseguiu eleger Alderico Miranda e Antonio Romão,  em 1973 e 1977 respectivamente e ambos, como não poderia deixar de ser, foram da mesma forma esquecidos pelo aludido deputado, e o município continuava sem grandes avanços. Alderico por ter realizado um razoável trabalho no primeiro mandato, voltava à prefeitura em 1983, quando juntou-se a Jader Barbalho, porém  teve um complicado desempenho, inclusive com afastamentodo cargo e dois pedidos de cassação. 
    Em 1989 Edilson Abreu assumia um município em estado falimentar e realizava um dos melhores mandatos dos últimos 40 anos, com muitas obras, resgatando a credibilidade municipal. Entregava em seguida (1993) a Alderico, que segundo o próprio, fora traído por Barbalho e novamente deixava a municipalidade, num caos generalizado. Novamente Edilson Abreu assumia o município quebrado em 97, porém não conseguiu o mesmo êxito do mandato anterior, contudo  sanou várias despesas, deixando novamente o município em condições de progredir. 
     Em 2001 o povo elegia o luzitano Antonio Simão, que infelizmente decepcionou seus adeptos, tendo contra si duas CPIs e novamente jogava o município a uma condição caótica.
     Marió Kato era quem pegava a prefeitura em 2005 e lutava para saneá-la, o que conseguiu em dois anos, dizendo que a casa estava arrumada . Apesar de um prometido apoio da governadora Ana Júlia do PT, limitou-se a algumas obras, inclusive  perdeu o concurso do grupo Y.Yamada e outra indústria no município, com agravante prejuizo para a economia local. Kató voltava em 2008, agora sob os auspícios de Jader Barbalho, sem quase nada a acrescentar, e em seu último pronunciamento, queixou-se do pouco apoio do seu partido, o PMDB.
    Gilberto Pessoa assumia o Noé de Carvalho em 2012, e queixava-se, no primeiro ano, de alguns embaraços encontrados. Porém como quase todos, vem mantendo e apostando numa política de algumas obras e asfaltamento, sem no entanto conseguir fazer com que o município galgue degraus mais altos rumo ao desenvolvimento.
    Em linhas gerais, esta é a imagem incontestável de várias gestões, de um município que chegou aos 81 anos, e que apesar de ter superado um cataclismo político que durou duas décadas e meia , ainda não conseguiu reerguer-se estruturalmente e nem
fortificar-se economicamente. 
    Esse retrospecto, nos mostra de forma evidente, que não houve durante todos esses anos, políticas direcionadas à ampliação de nossa produtividade e consequente expansão industrial, o que seriam de forma decisiva, a mola propulsora e alavancadora do progresso municipal.
    A continuarmos assim, estaremos apenas protelando ou emperrando o futuro desta terra, e por via de consequência, de gerações futuras. 
    As estatísticas não nos deixam a menor dúvida.
      
    

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