quinta-feira, 3 de março de 2016

ACI NA UTI


      Quem conheceu a trajetória do Atlético Clube Izabelense em memoráveis campanhas, hoje deve se perguntar: Que foi feito desse clube? Confirma-se que esta agremiação teve seus dias de glória desde a sua fundação em 1924, quando um grupo abnegados e simpatizantes o fundaram e mesmo como amadoristas, conseguiam mantê-lo como um dos clubes mais organizados e respeitados no nordeste paraense. Vultos como Manoel Silva (idealizador e fundador), José Pedro de Almeida Campos, Edilson Abreu e muitos outros,  que deixaram suas marcas de zelo e respeito aos estatutos, bem como, aumentando seu patrimônio. Destaque para inúmeros atletas, que aos finais de semana faziam o Abreuzão vibrar, para a festa de vários torcedores, que iam ao delírio e tinham orgulho das cores vermelha e branca.
     Infelizmente a partir dos anos 2000, alguns beneméritos afastavam-se da agremiação (por razões diversas), dando margem a alguns oportunistas (sem vínculo nenhum com a agremiação), ocupá-la e, por suas irresponsabilidades, levaram o clube às raias do descompasso e do vexame. Suas ações completamente despropositadas, iam desde a não observação dos estatutos, com eleições forjadas, sem prestação de contas, diretorias fictícias, além outros desmandos. Felizmente o grupo fora banido seis anos depois, através de uma ação judicial. 
    É no entanto desalentador e vergonhoso no momento, ver-se a repetição do mesmo processo anterior, onde dois ou três indivíduos insistem em dirigir uma agremiação prestes a completar 92 anos de existência, sem eleições estatutárias, sem uma diretoria competente, onde há intromissão de estranhos , sem uma planificação futura, sem transparência, sem sócios efetivos -este clube que já foi o orgulho do nosso futebol, disputando por duas vezes a Terceira Divisão Brasileira, elevando o nome do município nacionalmente, que projetou alguns atletas ao cenário esportivo paraense, transformou-se num amontoado de peladeiros (até com idade senil). Sem um calendário esportivo, limita-se a abrir seu estádio a pseudos-sócios cotidianamente, sem priorizar sequer a movimentação do seu setor futebolístico. Resultado prático: há quase 20 anos não consegue sequer passar pela Segundinha do certame paraense, nivelando-se assim à agremiações pouco expressivas e que não possuem sequer campo de jogo para treinamento. 
    Urge portanto uma intervenção de seus últimos sócios-beneméritos ou até do poder público, pois o Izabelense é um símbolo do município e é inconcebível ser tratado como um indigente qualquer de UTI, por pura inabilidade , negligência e capricho de alguns.
   

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