QUEM FOI O CRAQUE

PIPIO

      Muitos torcedores que acompanharam o nosso futebol no passado, lembram do execelente meio-campista conhecido como Pipio, cujo nome de batismo é Raimundo Fernandes da SIlva. Ele chegou em nosso município na primeira metade dos anos 60, depois de ter atuado no Grêmio Desportivo Combatentes e Yamada Clube ambos de nossa capital e que disputavam o Certame Paraense de Futebol e onde era conhecido pelo sobrenome Fernandes, obtendo destaque em ambas agremiações como um excelente extrema-esquerda. Depois de apresentado numa tarde de ensaio no Abreuzão , passou a treinar na sua posição de origem (ponta-esquerda), e onde ainda chegou a atuar em algumas partidas. Como posteriormente o Frangão necessitava de um meio-campista para compor aquele setor com o saudoso Osvaldino, Pipio fora deslocado para a ala esquerda e permaneceu titular na posição por longo tempo. De uma complexão física mediana e excelente resistência, Pipio tanto era um emérito armador de jogadas, como também atacava com notória desenvoltura, além do mais, cobrava faltas com bastante precisão. Pessoa de temperamento brando e companheiro exemplar, Pipio sempre cumpria à risca os horários do clube mesmo na condição de amador. Durante sua passagem no Izabelense ele foi várias vezes Camapeão Municipal, além de Campeão Interclubes em 1964 (Torneio Luis Lavareda Reis, promovido pela então FPD- Federação Paraense de Desportos) e serviu ao Selecionado Izabelense por várias vezes. Ao deixar o futebol, ainda passou alguns anos em nossa cidade, onde residia com seus familiares no Bairro da Aratanha, para depois voltar a Marapanim de onde é oriundo, mais precisamente da Vila Maú. Quando o visitamos há cerca de 8 anos atrás, ele possuía um pequeno comércio e dizia que ainda batia sua bolinha no campinho ao lado.
    Como tivemos o privilégio de atuar nas quatro linhas com este excelente jogador, quando tivemos a satisfação de comemorar juntos memoráveis triunfos, mesmo aqueles que nos pareciam impossíveis, naquelas festivas tardes de Abreuzão lotado, para ver a camisa Vermelha e Branca brilhar e, com ela, onze dedicados jovens amadores, cuja recompensa maior, era o calor e a alegria que proporcionávamos àquela agitada e fiel galera de então.
     Pipio, pelo seu trabalho e dedicação que dispensou ao Atlético Clube Izabelense e em particular ao nosso futebol, merece ser incluído com louvor, na Gateria dos Grandes Atletas Izabelenses.