domingo, 1 de maio de 2016

UM GIGANTE ESQUECIDO


      Em 26 de Abril de 1924, há exatos 92 anos, um grupo de jovens futebolistas da então Vila  Sta. Izabel, resolvia fundar uma agremiação, o Atlético Clube Izabelense.
Incentivados por Manoel Ernestino da Silva, um cametaense que aqui chegou poucos meses antes e, que frequentava os campinhos de peladas e as rodas esportivas, trouxe a ideia, pois já participara da criação de um grêmio em sua terra natal. Daí para frente, organizaram e oficializaram o clube, com o firme propósito de promover a cultura e representar a pujança dos nossos jovens nesse esporte.
     Com o passar dos anos, tornou-se um dos mais influentes e reconhecidos clubes no nosso interior, onde vários diretores se empenharam para o seu engrandecimento e expansão, bem como, um sem número de atletas que muito lutaram por suas cores nos gramados, conferindo-lhe vários troféus nas competições dentro e fora de seu reduto. 
     O Izabelense que já teve o nome inscrito no cenário do futebol paraense, tendo inclusive disputado torneios de cunho nacional (Série C) -,hoje vive o pior estágio de sua história, relegado ao ostracismo por conta da falta de reconhecimento do Poder Público, mesmo tendo representado o município em tempos recentes, em nível nacional,bem como, pela descompromissada e inconsequente maneira de dirigir uma agremiação com um passado tão rico de glórias e triunfos.
   Esta data em épocas passadas, era algo de muita rejubilação entre os verdadeiros Atleticanos, quando se reuniam em sua sede social na Rua Cearense (hoje a Francisco Amâncio, em frente ao Clube Thalia) e comemoravam em grande estilo com um monumental baile dançante. 
   Pelo que assistimos no presente, em não havendo qualquer reação contrária, teremos dentro de pouco tempo, mais uma tradição riscada do nosso calendário, entregue ao interesse monopolizador de poucos, demonstrando total falta de bairrismo e comprometimento, de uma geração que não soube honrar este legado,isto é, renegando a sua própria história futebolística. 
    É muito triste.       

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