sexta-feira, 10 de março de 2017

HERANÇA INDIGESTA


      O nosso município que apesar de ter despontado como um dos mais promissores na época de sua fundação, tempos depois caía muito de cotação face uma desastrosa politicalha e hoje ainda sentindo os efeitos, parece não reunir forças para alavancar seu progresso, levando-se em conta que não tem produzido lideranças expressivas com desejável experiência e acentuado dicernimento que venham lhe propiciar novos rumos. Nesses 83 anos de emancipação é perceptível a diferença entre municípios vizinhos que hoje com um crescimento contínuo, vão nos deixando para trás, tornando-se verdadeiros núcleos de progresso na Região Metropolitana de Belém -apesar de sermos mais antigos e possuírmos um território maior que os concorrentes, excetuando Belém  -no entanto em termos de renda, ficamos à frente apenas de Sta. Bárbara. Por todo esse tempo fomos (ou somos) órfãos de planejamentos abalizados e adequados que venham respaldar às nossas potencialidades para dali retirar os necessários recursos que poderão viabilizar o nosso pleno desenvolvimento. Infelizmente, crescemos e envelhecemos assistindo avaliações administrativas, onde o ponto alto relacionava-se ao gestor que: construiu mais salas de aulas, pequenos postos médicos, aquele que construiu mais ruas ou estradas, asfaltou uma ou outra artéria na zona urbana  etc...etc. Logo se vê que pouco se atentou para o planejamento físico municipal, no sentido de acionar os setores motrizes como : indústria, agroindústria, agropecuária e a agricultura, dinamizando-os de forma intensiva e ao mesmo tempo buscando várias parcerias no mercado empreendedor  -quando se verifica claramente que não se atentou para plantar a semente do futuro e obviamente não se poderia esperar colheita alguma no presente. E assim caminhamos em marcha lenta, sem saber precisar por quantas décadas -onde se observa no presente um município sufocado por uma população com crescimento acentuado, porém sem perspectivas de trabalho, além da expansão urbana e rural que reclamam soluções urgentes no tocante: distribuição de água, saneamento básico, extensão da rede elétrica, conservações de ramais, pontes etc. -tudo incompatível, logo se contrapondo com a atual e insuficiente renda municipal.
    Por esses e outros motivos, vários foram os gestores que encontraram os cofres vazios e tiveram que se desdobrar para levar suas administrações até o final mesmo aos trancos e barrancos.
    Portanto quem pensou encontrar um município com as finanças em alta, enganou-se redondamente.na sua vã e talvez inocente avaliação.
         

Nenhum comentário:

Postar um comentário