quarta-feira, 19 de julho de 2017

UM CASO A PENSAR

O Carapuru na estiagem de 2010

     Há cerca de três semanas atrás lia-se num periódico de Castanhal, que o legislativo daquele município estaria elaborando um projeto no sentido de criar uma nova Região Metropolitana, cuja sede seria aquela cidade e abrangeria uma grande parte dos municípios do entorno castanhalense. Compareceram segundo o informativo, os prefeitos de Sâo Francisco do Pará e de Inhangapi, onde discutiu-se primeiramente as vantagens e desvantagens em prosseguir na viabilização do tal projeto, porém não informado se Sta. Izabel se fez presente. 
   
Verificando bem, não se tira a razão dos representantes daquele município, em aumentar o seu raio de influência a outros municípios, mesmo porque pelo seu inegável desenvolvimento, já funciona como um pólo de atração comercial, de serviços e negócios, onde conta com extenso comércio, melhores recursos hospitalares, extensa área educacional, urbanização, praças de esportes etc...etc. Claro que tudo isso, fora conquistado com trabalho abnegado, harmonização política, planejamento e incondicional amor àquela terra. Sendo inclusive do conhecimento de muitos que assistiram aquele município em seus primórdios e hoje nos dá amostras de pugnar ainda mais por conquistas e aumentar os seus horizontes. É possível que seremos convidados a participar desse novo projeto castanhalense, porém temos o direito de pesar e sopesar quais as vantagens objetivas e práticas ou as desvantagens que nos proporcionaria tal inclusão. 
    Guardando-se as devidas proporções, somos um município que sempre possuíu iguais e várias outras qualidades, apenas fomos vítimas de um retrocesso político que nos relegou à amarga estagnação, não obstante, geograficamente estarmos mais próximo de um grande centro populacional e consumidor que é a capital, Belém, e termos mais possibilidades de sobressair entre alguns de nossos municípios vizinhos, o que nunca soubemos e não tivemos vocação ou capacidade para extrair dividendos disso. 
   Na realidade o que nos falta é correr atrás do tempo perdido, analisando cada obstáculo de frente, reunindo força e competência para ultrapassá-los, permutando a insensibilidade e a ineficiência, pela capacidade e a determinação de novos atores na política, forjando nossos próprios representantes no município e nas instâncias mais altas do Estado, para não nos tornarmos eternos dependentes de figuras neutras e pouco interessadas em equacionar nossos problemas. Apenas nós, somos os reais e únicos responsáveis pelo nosso futuro, se soubermos realmente reconhecer que temos potencial humano e natural para alcançá-lo. Ao ficarmos acomodados, esperando propostas externas, temos certeza que não serão as melhores e sim as que nos tornarão cada vez mais ainda incompetentes em gerir o nosso próprio destino.  
     

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