terça-feira, 18 de julho de 2017

VULTOS ILUSTRES


                   Cap.  VALENTIM  JOSÉ  FERREIRA

    Considerado o fundador do nosso município, era um empreiteiro de obras no campo, que inclusive adquiriu prática em medição e demarcação de terras, residente em nossa capital. Em 1848 quando o Governo Imperial resolveu instalar núcleos coloniais no território brasileiro, Valentim fora contratado pelo presidente da Província do Grão-Pará, Dr. Pedro Leão de Veloso, para executar serviços de alargação, construção de pontilhões e estivagem no antigo Varadouro dos Índios Tupinambás, (extensão onde hoje se encontram as ruas Matta Bacelar e Antonio Pontes), num trajeto de nove léguas e que fora concluído em duas décadas. Em 1873, o governo decidiu criar o Núcleo Colonial Nossa Senhora de Benevides, quando fora contratado novamente Valentim José Ferreira, que trouxe sua companheira Izabel e vários trabalhadores braçais e assim executou a medição de todo o polígono da extensa colônia, inclusive com a incumbência  de distribuir os lotes entre os futuros agricultores, em sua maioria europeus. Por uma questão de estratégia , facilidade de comunicação e transporte da produção, Valentim escolheu os lotes 73,74,75 e 76 em função dos caudalosos igarapés, estabelecendo-se na Sexta Transversal (ou Aratanha) que logo dentro de poucos anos, transformou-se em um movimentado povoado. Para os nossos historiadores, o ponto de referência do surgimento do nosso município é justamente na (hoje) Rua Dr. Matta Bacelar, com a entrada da Passagem Juruninha, no Bairro do Jurunas, onde o saudoso prefeito Sr. Nestor Ferreira (1967-1971), em boa lembrança, planejou erguer um monumento alusivo. Dali começava nascer o nosso município, em meio à vastidão da ínvia floresta e que teve maior impulso com a chegada da Estrada de Ferro de Bragança em 1885, quando Matta Bacelar a denominou de a "Petrópolis Paraense".
   Nossa querida Sta. Izabel que não soube cuidar de seus lindos e saudáveis igarapés, aliás, a razão e o porquê do nosso eminente fundador Valentim José Ferreira, tê-la escolhido como ponto de referência e coronária natural da riqueza e sobrevivência de um povo. 
     
     


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