terça-feira, 29 de agosto de 2017

FACES DA POLÍTICA


     A política tanto pode se constituir em um meio de projeção de um povo, como também, um intransponível obstáculo para o seu desenvolvimento, dependendo naturalmente de como é conduzida ou direcionada. Acredita-se que a reconstrução de uma sociedade é possível quando seus membros utilizam-se da força de vontade, da capacidade e do conhecimento de causa. Nos regimes democráticos o povo é o principal agente do processo, quando contribui com seus tributos e naturalmente esperando que eles sejam revertidos em benefícios que lhe assegure o seu bem-estar. Cabe portanto ao Poder Executivo a tarefa de arrecadá-los e devolvê-los em forma de bens e serviços e consequentemente ao Legislativo a função de fiscalizar exigindo transparência e equidade na operação. Aos dois (Executivo e Legislativo) cabe também a incumbência de elaborar projetos que venham viabilizar o aumento da rentabilidade municipal, que podem redundar no crescimento e fortalecimento da economia. Logicamente que aonde não se põe em prática tal mecanismo de crescimento, reflete uma população carente, logo privada de assistência em vários aspectos. As responsabilidades e providências desses poderes tendem a crescer mais ainda, à medida em que a receita se incompatibiliza com o crescimento populacional, onde as cidades tendem "inchar" e se esparramarem, exigindo muito mais dos governantes com a extensão de rede elétrica, de água potável, do saneamento, além de outras necessidades prementes.
    A atividade política antes de ser entendida apenas como uma ação entre amigos alimentada pelo improducente assistencialismo, tem que ser vista como um vetor que viabiliza o crescimento sócio-econômico e tem repercursão direta em vida melhor para quem contribui. Em não havendo esta visão conclusiva, que sinaliza para a promoção do bem-social, sempre se terá como resultado final o descrédito nas instituições, a retração social e o indesejável retroagimento de um modo geral. 
   O tempo tem nos mostrado as diferenças, onde houve modernização e acuidade na maneira de gerir a coisa pública, e o descompasso e o retroagimento, onde se insiste na política irreflexiva e incoerente, onde o debate, a criatividade e as ações objetivas inexistem e nem são prioritárias, dando-se mais voz ao conchavo e ao compadrio tão malévolos quão vazios e reprimíveis -nos refletindo assim nitidamente, a outra face sombria e escusa da políticalha.         

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