sexta-feira, 15 de setembro de 2017

EM BUSCA DO CAMINHO

Praça da Bandeira

    As pessoas que aqui nasceram a partir da década de 40 e que possuem um certo senso crítico, certamente têm ciência de que este município fora até o início dos anos 50, um dos mais destacados na então Zona Bragantina, haja vista, que encampava em seu território, as terras de Ananindeua, Marituba, Benevides, Benfica e Sto. Antônio do Tauá. A derrocada ou o entrave de sua marcha de crescimento se deu justamente na metade do século XX (1950), quando ele fora estupidamente tragado por um sistema dominante, a frente um cidadão da terra, que implantou uma políticalha meramente inadequada e descompromissada com o progresso, o que apenas lhe favorecia politicamente e a seus apaniguados e obtusos correligionários. Foram portanto cerca de 30 anos de estagnação políco-administrativa, onde muitos de nossos vizinhos avançaram e nós ficamos a ver navios. Apesar de ter havido uma reação dentro do próprio partido em 1960, porém o tal líder (que chegou a eleger-se cinco vezes deputado estadual) respondia com represálias, comprometendo mais ainda o município e que seguia sem apresentar o menor resquício de desenvolvimento. Nos anos 80, com a saída dessa nefasta politicalha, ressurgia das cinzas um município liberto -porém atabalhoado, sem lideranças, sem perspectivas e sem metas preestabelecidas, configurando-se uma nau sem rumo determinado, onde os gestores esforçávam-se para que pelo menos, não encalhasse de vez. As Legislaturas também compostas de pessoas com pouca ou quase nenhuma orientação ou noção de progresso, sucederam-se décadas após décadas, sem conseguirem ajudar na reestruturaçaõ de um município, que experimentou uma recessão descabível e que ainda hoje se recente. 
   Mesmo assim, a cada 4 anos renovam-se as esperanças de um povo, hoje em número bem mais expressivo que nos anos 50, quando temos uma gama considerável de pessoas bem preparadas, que poderão trazer contribuições inestimáveis a esta terra, desde que tenham chances e se proponham para tal. 
     Todos os gestores que passaram de lá para cá, sentiram na pele a crítica dos adversários, bem como, a dificuldade de administrar um município que não possui renda suficiente para sanar seus inúmeros e cruciais problemas, o que fica patenteado nos baixos índices do seu Produto Interno Bruto. 
    Porém o que não se pode, é prosseguir na mesma toada da velha política dos anos  50 a 80, onde nada se criou, nada se planejou e nada se produziu, resultando num município com muitas mazelas e dificuldades para se reerguer num cenário ainda  adverso e pouco promissor, para buscar este caminho.            

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