quarta-feira, 16 de setembro de 2015

OBSTÁCULOS TRANSPONÍVEIS


      Embora se saiba estarmos pregando no deserto, é no entanto repudiável constatar-se que o nosso município ocupa hoje uma posição desconfortável senão preocupante no cenário econômico da Região Meropolitana de Belém. Sem a intenção de generalizar, mas a maioria dos períodos políticos, em toda essa trajetória municipal, foram marcados pela falta de ações que visassem o fortalecimento e o desnvolvimento do município, usando como ferramenta primordial o aumento de sua produção, isto é, a revigoração do Produto Interno Bruto.
    Deve causar portanto espécie às pessoas mais interessadas ao assunto, verificar que aos 81 anos de emancipação política, infelizmente ainda se vê um quadro político completamente alheio ou desatento ao inadiável desenvolvimento de um município que necessita de muito mais que o modelo já ultrapassado de dirigir a coisa pública, ou seja, a forma caseira, assistencialista,logo  inobjetiva. 
     Qualquer pessoa de regular compreensão sabe que, não se consegue levar progresso a um município que hoje conta com 66.000 habitantes (dados do IBGE), sem um planejamento adequado e norteado para o seu futuro. Não há mágica, a não ser repensá-lo e buscar suporte nos nossos recursos naturais, bem como, no  âmbito empresarial, -com vistas a novos e significativos investimentos. Afora isso, não existe outro caminho a não ser o do aperto orçamentário e por consequência, inúmeras dificuldades, recessão em função da esquálida renda, além da falta de oportunidade empregatícia, somado a um fantasma, que é o inevitável crescimento demográfico.
    Não se conhece em todo o mundo, governantes que não coloquem como meta
prioritária a busca incessante da robustez econômica, o que naturalmente lhe permite um patamar sólido para sua administração, o que deságua naturalmente, na aceleração do crescimento como um todo, seja de um município, de um estado ou nação. 
    Olhando-se tudo isso, é difícil imaginarmos que além de toda essa ausência em abraçarmos a ideia de permutarmos a política meramente assistencialista e pouco eficaz, por uma nova ordem de eficiência e modernidade, onde governantes não sejam apenas executores de obras rotineiras, mais sim, os primeiros a buscarem meios e alternativas para o crescimento e progresso consistente e efetivo de seus territórios, o que por via de consequência trarão melhores condições de vida àqueles que contribuem para isso.
    No mesmo contexto, é preciso que se anule sobretudo, a figura dos "dono do pedaço", aqueles que se acham  bastantes e uma vez apoiados por alguns alienados, se dão ao luxo de ditar regras, impedindo que novos e grandes empreendimentos venham a ser aqui implantados  -o que corresponde além de um crime tipificado, uma afronta e um imensurável menosprezo ao nosso povo. Com essa prática condenável, é claro, apenas alguns ganham.    

Nenhum comentário:

Postar um comentário