quinta-feira, 16 de abril de 2015

PELO BEM DO ESPORTE

Vista aérea do Estádio Edilson Abreu

    Quem acompanha e se interessa pela história do glorioso Atlético Clube Izabelense, sabe que até hoje esta agremiação esportiva possui apenas como bem imóvel, o seu estádio, adquirido por volta de 1924 na época de sua fundação, junto à Prefeitura de Belém. Este terreno em forma de um trapézio irregular media 141 m pela parte frontal (hoje Av. Pedro Constantino, 96 m pela lateral direita (hoje a Rua Cap. Noé de Carvalho, 146 pela linha posterior e 96 pela lateral esquerda. Entre 1967 e 1970 o prefeito Nestor Ferreira visando ligar a Rua Deputado Clementino (atualmente a Cap. Noé de Carvalho) com a Av. Augusto Olímpio ( atual Pedro Constantino), solicitou ao então dirigente do clube Manoel Ernestino da Silva, parte do terreno, cerca de 18m. Como aquele gestor conseguiu indenizar apenas um terreno de 10 m, assim fez construir a aludida conexão. 
   Posteriormente um presidente do clube, Sr. José Pedro de Almeida Campos (um coletor federal e grande desportista) construiu o muro respeitando os 18 m cedidos, porém a prefeitura manteve os 10 m, na largura da nova rua, o que significa dizer que o A.C. Izabelense tem direito a reincorporar em seu patrimônio os 8 m que não foram utilizados e por muito tempo serviu apenas como depósito de lixo e esconderijo de assaltantes, segundo alguns moradores das proximidades.
   Para se ter uma ideia, há dez anos atrás, houve a pretensão de alguns ditos empresários da terra, em desapropriar este estádio no qual "fariam" um "shopping", isto com endosso político na época -, fato quase fora consumado, não fosse a ação contrária de um vereador local. Quando também ventilou-se ceder a aludida área (8 m x 96m) não se sabe a quem, para ali construir uma "academia". Da mesma forma, não se pode pensar em construir estacionamento, se o estádio não possui sequer acomodações para grandes jogos que lhe trariam boas arrecadações. Para o clube, é de suma importância o resgate dessa faixa de terra, pois o possibilita aumentar o seu gramado de jogo de 100 m para 105 m no comprimento, (que é a medida oficial FIFA), além de lhe permitir mais espaços para arquibancadas futuras e ainda lhe sobraria área para uma pista de atletismo.  
     Os sócios beneméritos atuais, há cerca de sete meses atrás oficializaram à Câmara Municipal para que interferisse junto ao Executivo, visando a devolução da área em questão, -até o momento, sem nenhuma resposta.
    Pelo que o Izabelense representa neste município com seus 91 anos de fundação, já tendo cedido boa parte de seu patrimônio à Prefeitura, de ter ajudado a divulgar esta terra até fora do Estado, depois de lhe ter dado tantas glórias e frequentemente colabora com gestões,  cedendo o seu estádio para vários certames da Liga local e manifestações cívicas, não merecia (e nem merece) ser ignorado desse modo. Muito pelo contrário, as administrações é que deveriam ajudá-lo financeiramente, no que preceitua a Lei Orgânica Municipal.
   Minha gente. A cultura e a tradição de um povo devem ser preservadas, auxiliadas e reverenciadas. Antes pensemos em abrir caminhos e portas que realmente favoreçam o nosso esporte e não dificultar as coisas. 
   
  
   
             

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