segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A VOZ QUE NOS FALTA

Prédio da Alepa

     Uma das grandes desvantagens de um município como o nosso, hoje com 75 mil habitantes e 35 mil eleitores aproximadamente, é não possuir um autêntico representante na Assembleia Legislativa.
    Na atualidade ainda permanecemos como se fôssemos uma horta viçosa e dadivosa, há muito descoberta por candidatos de outros locais  -,que muitas das vezes apenas levam nossos votos, sem o menor compromisso de retribuí-los em benefícios para o povo. Sabe-se que existe por trás disso, uma prática que, se não condenável, porém anti-ética e até anti-municipalista, que leva vantagem nisso. Outro fato prende-se à velha e "surrada" política, que pouco evoluiu, logo tem restrições em apresentar candidatos ou líderes, que realmente agrade ou respalde o eleitor a considerá-los como tal  -,mesmo a despeito de termos vereadores com 3 ou 4 mandatos.
    Nestes 84 anos de marchas e contra-marchas, tivemos apenas dois representantes naquela Casa Legislativa: Vitor Paz que apesar de cinco legislaturas, perdeu-se pelos caminhos do assistencialismo e o mandonismo, deixando um município sem norte, portanto sem perspectivas nenhuma de crescimento. Mais 20 anos se passaram e todos apostavam em Edilson Abreu, por sua brilhante performance como gestor entre 89 e 92. Talvez por motivos particulares e não querendo ver novamente a oposição no poder, renunciou a Cãmara Estadual , voltando à prefeitura. 
    Com necessidade de crescer e sem um representante nato na Alepa, Sta. Izabel tende aceitar "ajuda" de parlamentares de outros municípios, o que em tese tem conseguido, porém demonstrando assim, toda a nossa incapacidade, prosseguindo-se como verdadeiros indigentes ou dependentes, prova irrefutável, que pouco avançamos no âmbito da política, onde ainda infelizmente, persiste a ausência de homens públicos com habilidade na área. 
    Não nos cansamos de repetir que: um município que possui capacidade e condições de expandir-se, quer pela sua situação geográfica (bem próximo à capital Belém, mercado aberto ao consumo, com mais de 2 milhões de habitantes), quando temos recursos florestais e minerais, somos o segundo mais antigo da RMB, com uma área de 717 km2, cortado por uma rodovia federal (BR-316) e estadual (PA-140) -,porém pobre de ideias e discernimento para que seu progresso seja breve e contínuo.
    É verdade que lideranças não se fazem todos os dias, porém o aperfeiçoamento da máquina política, com constantes mutações de suas peças, é que poderá nos mostrar uma outra grande força: a capacidade dos nossos concidadãos e aí sim, poderíamos sair do lugar comum, erguendo a cabeça e elegendo vozes que realmente sejam o reflexo do nosso potencial aqui e lá fora, o que poderá nos transportar ao sonhado e almejado desenvolvimento com mais brevidade. 
    Também os atuais dados estatísticos relacionados ao nosso município infelizmente são pouco animadores, porém inquestionáveis, o que obrigaria nossa classe política a rever conceitos. 
    
    
  

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