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| Canhoteiro na Seleção Izabelense de 64 |
Ele nasceu em Belém do Pará, no bairro do Umarizal, no dia 29 de janeiro de 1940 e foi batizado como Adilson da Costa Wanzeler. Depois de um bom tempo, já nas peladas de rua, fora rebatizado como Canhoteiro, pela sua escolha de atuar sempre pelo lado esquerdo, quer como meia-de-armação ou na extrema. Apesar dos seus 1,60 m de altura, ele sempre levava vantagem ante aos grandalhões pela agilidade de seus dribles desconcertantes. Ainda garoto aos 12 anos, era aprovado na juvenil do Clube do Remo e logo sagrou-se tetra-campeão da categoria em 53,54,55 e 56. A partir daí disputou várias partidas no time principal do Leão Azul, onde revesava com o excelente extrema-esquerda Chaminha. Em 1957 transferiu-se para o futebol de Porto Velho (RO), onde atuando pelo Flamengo local sagrou-se campeão estadual naquele ano. Voltando à terra natal, Canhoteiro teve passagem por alguns clubes como: Júlio Cézar, Belenense e União Esportiva, todos da Primeira Divisão paraense e, ainda no São Francisco de Santarém ; nos anos 60 tentou a sorte no Botafogo-RJ, onde foi aprovado em teste de campo, porém não recebeu nenhuma proposta do clube carioca. Ainda na década de 60, fora convidado para atuar no recém-fundado Vasco da Gama de nossa cidade, onde se destacou por várias temporadas e fora selecionado pela LAI (Liga Atlética Izabelense), quando disputou seu primeiro Intermunicipal em 64, sendo reconvocado em 65. Canhoteiro também atuou no futebol de Marapanim onde foi campeão pelo Vista Alegrense e ainda em 72, disputou a Segunda Divisão de Belém, chegando ao cetro máximo atuando pelo Estrela do Norte.
Numa breve entrevista concedida ao Jornal Izabelense em fevereiro de 1999, Canhoteiro afirmara que o melhor meio-campista do Norte fora o Quarentinha (Paulo Benedito Braga) ex-Paysandu; conheceu dois duros marcadores: o implacável Nego Chico do Izabelense e um tal Touro que atuava no Esporte Vitória-BA; o gol mais sensacional que marcou foi o que deu o título ao Flamengo-RO; e o lance mais importante que participou foi no jogo entre Sta. Izabel x Soure (Intermunicipal de 64), quando ele recebeu a bola do arqueiro Jorge, passou por vários adversários e cruzou para a finalização do atacante Lola, o que veio eliminar os sourenses; na época concluiu que o faltava para o futebol izabelense era, "o apoio das autoridades, dos comerciantes e união entre atletas"; ele torcia por três clubes:Remo,Flamengo-RJ e Corinthians-SP; também escalou sua Seleção Paraense, com: Jorge, Haroldo,Casemiro,Socó e Caim; Pau Preto e Natividade; Zequinha,Estanislau,Valtinho e Neves.
Ele pendurou as chuteiras aos 43 anos, em 1983 e faleceu alguns anos depois por problemas no coração, mesmo tendo se submetido a cirurgia nesse órgão. A família inclusive atendeu seu pedido, sepultando-o no cemitério Nossa Senhora das Dores em nossa cidade, ele que era casado com uma cidadã de tradicional família de Sta. Izabel.
O tempo passou mais jamais esquecemos suas jogadas geniais, seus dribles inevitáveis, sua dedicação à equipe e seu invulgar espírito de companheirismo e espontaneidade -mesmo porque, tivemos o privilégio de atuar juntos na Seleção Izabelense.
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