terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

ESPERAR PRA VER


       Imagine-se um município que hoje apesar dos seu 83 anos de emancipação, experimentou mais da metade desse tempo, uma política incoerente, isto é, sem o menor resquício, no que concerne transformá-lo em um pólo atrativo ao mercado empreendedor. Todo esse período fora desperdiçado por meras disputas domésticas e despropositadas, onde a meta principal resumia-se em assomar-se ao poder, sem um projeto viabilizador que viesse elevar e desenvolver esta terra de forma abrangente e eficaz. A história não nos deixa dúvidas, quando nos aponta a performance de várias gestões e legislaturas, que sem perspectivas e ações progressistas, deixaram apenas a marca recessiva, sem obviamente, acrescentarem algo para o nosso desejável avanço. No período, muito pelo contrário, perdeu-se alguns empreendimentos que aqui pretendiam localizar-se e que foram desestimulados ou preteridos, por pura inabilidade administrativa. Nos anos 90, o município agora com meio século de existência e uma população de aproximadamente 50 mil habitantes, dava amostras de livrar-se daquela fase obscura, quando Edilson Abreu, em duas  gestões, retirava-o do fundo poço, conseguindo dar um sopro de esperança aos izabelenses  -inclusive indo por algumas vezes à Capital Federal em busca de recursos, já que não se tinha um deputado para atuar nesse sentido. Abreu, se não promoveu o município a um melhor patamar, mas pelo menos deixou um caminho aplainado para os próximos gestores e novas perspectivas. Daí em diante, viveu-se mais 16 anos à mercê de gestões pouco inovadoras, a ponto de não dar continuidade ao trabalho anterior, haja vista, que nos dias atuais, continuamos como um dos municípios que menos se desenvolveram na Região Metropolitana de Belém. 
    Agora chegamos a 2017 com a oposição galgando o poder, alicerçada por uma campanha repleta de ufanismo, passando ao eleitor a sensação de esperança e, inclusive explorando todas as possíveis falhas de Gilberto Pessoa - levando-o decisivamente, ao total descrédito popular.  Porém o ponto alto da propaganda vencedora, se respaldava principalmente, na robusta dinheirama do Palácio Noé de Carvalho, que não era (ou não fora) utilizado em prol do povo e o estado de abandono do município -o que naturalmente foi assimilado facilmente pelo eleitorado e proporcionou a folgada vitória. 
    Por outro lado, a nova gestão, agora assenhorada de tudo, deve lutar contra  relógio para por em prática todas as obras prometidas e resolver todos os problemas levantados e expostos, nesses 46 meses que lhe restam. Se conseguir ao menos a metade, pode credenciar-se a um segundo mandato e concluir o resto das referidas promessas. 
   Quanto a nós pobres e mortais eleitores, resta-nos esperar pelos bons ventos.  

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