domingo, 23 de abril de 2017

CRESCIMENTO DESEJÁVEL


     Acredita-se que a maioria das pessoas mais experientes sabem que o nosso município ainda se enquadra infelizmente, entre os de menor rentabilidade na Região Metropolitana de Belém, tendo em vista a desproporção entre o seu desenvolvimento econômico que não foi compatível com o seu crescimento populacional, hoje em torno de 70 mil habitantes. Um dos carros-chefes de qualquer economia é o setor industrial, onde contamos com apenas duas fábricas de médio porte, seguindo-se da agricultura, (onde contempla também a agroindústria) a pecuária, em pequena escala, a fruticultura, que formam a base da cadeia produtiva -juntos, ainda não são capazes de dar suporte suficiente de renda necessária ao tamanho atual de nossa demografia. É verdade que atravessamos décadas e décadas sem que as gestões atentassem para o fato, quando até mesmo deixou-se escapar grandes empreendimentos que pretendiam aqui se instalar, numa expressiva falta de zelo e habilidade em gerir a coisa pública  -perdendo-se assim a oportunidade de reforçar nossa produtividade e partir para novos horizontes, o que infelizmente não aconteceu. Logo, enquanto continuamos com a produtividade de 50 anos atrás, nossa população crescia de forma progressiva e com ela a expansão da cidade e do município como um todo, que passou a demandar mais energia, água potável, estrutura urbana, geração de emprego, postos de saúde, escolas e organização no trânsito, estradas pontes etc...etc. Nas últimas três décadas, não se conheceu uma administração, que tenha trabalhado com superávit financeiro e nem realizado a contento todo as obras e pendências municipais, quando não raras vezes, vêm se acumulando gradativamente, de forma preocupante e a cada período são repassadas às gestões subsequentes. Hoje se tem o resultado prático de muitos anos atrás, onde não se repensou o município no sentido de aumentar sua produção, que por certo lhe daria uma folga de caixa e consequentemente condições de mais investir - porém muitos optaram por administrá-lo apenas com os repasses do governo, que como se sabe, são precários e insuficientes. 
    Urge portanto um posicionamento entre os poderes constituídos, no sentido de elaborar um plano avançado de crescimento, com o propósito de atrair grandes e novas parcerias empreendedoras, baseando-se nas fontes de produção que possuímos -quando se sabe que o modelo passado, onde se praticou uma política orientada apenas para dentro, foi responsável pelo marcar passo e o pouco crescimento deste município por longos anos. 
     Afora isto, torna-se difícil acreditar-se em transformações ou mudanças urgentes e
substanciais, se não construirmos hoje, uma base sólida e bem alicerçada para termos certeza no desenvolvimento de amanhã.    

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